terça-feira, 13 de maio de 2008

Raquel Ornellas em "Sob Neblina"


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Raquel Ornellas em

“Sob Neblina”, no TD



O Teatro de Dança apresenta dias 20 e 21 de maio“Sob Neblina”, com concepção, direção e coreografia de Raquel Ornellas de São Paulo.

O espetáculo apresenta um ambiente silencioso, um silêncio corporal e sonoro, contrário a uma urbanidade e a uma movimentação frenética dos dias atuais, coloca a ingenuidade na relação com a água, revelando seu significado vital. Os corpos dos bailarinos, os figurinos e adereços, a luz e a música formam uma unidade, mas se desdobram em figuras, ampliam e distorcem uma imagem original de unidade, criam múltiplos sentidos. É a busca de um silêncio cênico, uma exploração contínua de movimento, onde o público pode internamente se mover junto.

Sobre esse trabalho Raquel explica: “Acredito que a linha que eu encontrei em ‘Labirinto d’ água’ se apresenta como um grande material para continuar a ser explorado dentro de uma ótica de pesquisa de linguagem. Poder estar com o olhar de fora, após ter vivenciado a obra por dentro do meu corpo, me permitiu ampliar as linhas coreográficas e dramatúrgicas. Consegui ver quando os elementos de linguagem se desprendem e se reúnem para criar um significado, e fiquei atenta quando a junção de linguagens trouxe um aspecto estéril ao trabalho, modificando-o, ou uma proposta do espetáculo que se apresentou num estado embrionário pode ser desenvolvido. A idéia de renascimento em Ofélia se distanciou ainda mais da peça de Shakespeare e ‘Sob Neblina’ criou uma trajetória própria.”

 

O espetáculo

Em “Sob Neblina” Raquel Ornellas busca a fusão da água com o tempo. A abordagem parte do solo Labirinto d’água, criado e interpretado por ela anteriormente, em que persegue a idéia de nascimento e renascimento após o afogamento da personagem – mítica Ophelia de Shakespeare. A questão agora é ampliar a idéia da Ophelia no corpo de três intérpretes, o que sugere imediatamente a dispersão dos tempos contidos quando há uma única perfomer. Se a água tem o poder de ultrapassar e superar os bloqueios e se amoldar em diferentes formas numa fluidez sem fim, o tempo por sua vez pode se dividir em instantes, em períodos em estações, em momentos, em divisões infinitas. Três bailarinos geram uma obra de contínua exploração de movimento entre o tempo e o fluxo da água.

Raquel Ornellas

Pesquisadora corporal, diretora e atriz, Raquel é Mestre em teatro pela ECA/USP, pesquisa o corpo e a voz na construção cênica abrangendo os níveis de concepção, produção e reflexão desde 1994. Em suas criações de teatro e dança explora a técnica Contato e Improvisação, modalidade de dança nascida nos anos 1970 nos Estados Unidos e introduzida no Brasil na década de 90. Concebeu e atuou no espetáculo Irmãs do Tempo e participou de festivais de teatro internacionais, como os de Toronto, Jerusalém e Edimburgo, com críticas positivas. Ela dirigiu também Escada de Giz, baseado emHistórias dos Nossos Gestos, de Câmara Cascudo, com as atrizes pesquisadoras Lúcia Romano e Deborah Serretiello e texto de Rubens Rewald. A temporada foi no Centro Cultural São Paulo, em 2003.

 

Histórico da companhia

Companhia de Solistas – Raquel Ornellas, Egla Monteiro, Luanna Jimenes - nasce do desejo de formar uma companhia que agregue artistas solistas de dança, artes plásticas, teatro, música e cinema. Artistas multifacetados que estão interessados na investigação de linguagens cênica contemporânea, da busca por poéticas próprias, criativas e originais, resultando em um trabalho autoral.

Três espetáculos anteriores tiveram a água como elemento em composição e diálogo com a personagem Ofélia de Shakespeare e Yerma de Garcia Lorca: Águas, 2005; Uma Ophelia, 2006; e Labirinto d’Água, premiado pela FUNARTE com o Prêmio de Dança Klauss Vianna de 2007.

O tema água, recorrente nos três espetáculos, foi desenvolvido com base no watsu (prática corporal na água derivada do Zen Shiatsu), improvisações musicais, práticas de movimento somático ligadas à dança, como BMC (Body-Mind Centering) e Lian Gong em 18 terapias. A companhia foi estabelecendo parcerias com outros artistas e núcleos de criação: o bailarino Douglas Emílio, do Coletivo KD de Sorocaba e a Companhia Dom com Ana Carolina.

 

Citações e críticas recebidas na imprensa

(...) É ótima, pronta para qualquer coisa que apareça como desafio interpretativo. Tem corpo ágil e expressivo, voz preparada para uma grande variedade de situações dramáticas e uma extraordinária capacidade para compor imagens belíssimas por intermédio do jogo corporal”, afirmou Mariângela Alves de Lima sobre Raquel Ornellas, no Caderno 2 (O Estado de S. Paulo).

Maio/ 2008

20 e 21 de maio - duração: 60 min, livre, ter e qua, 18h

“Sob Neblina”

Concepção, direção e coreografia: Raquel Ornellas/SP

Bailarinos Douglas Emílio, Fernanda Mascarenhas e Laís Marques Preparação vocal Ana Carolina Martins Música Laércio Resende Figurino e Cenografia Tereza Monteiro Iluminação Hamilton Sbrana Produção Geral Raquel Ornellas Designer-bailarina Fernanda Mascarenhas

Espetáculo realizado com o apoio do PAC/2007 - Secretaria Estadual da Cultura. Governo do Estado de São Paulo.

 

TD - Teatro de Dança - Secretaria de Estado da Cultura

APAA - Associação Paulista dos Amigos da Arte

Avenida Ipiranga, 344 Telefone da bilheteria: 2189 2555 / Informações: 2189 2557

Capacidade: 278 lugares/Ar-condicionado/Acessibilidade para pessoas com necessidades especiais/Redecard e Mastercard/Estacionamento R$ 15,00 com manobrista.

Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00

Bilheteria, abertura: Vendas para o dia do espetáculo - 4ª a domingo: a partir das 14h

www.teatrodedanca.org.br /// Vendas online www.ingressorapido.com.br

 

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Canal Aberto – 11 6914 0770/ 9126 0425 – Márcia Marques

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