terça-feira, 18 de agosto de 2009

São Paulo: D(r)amas da meia-noite


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CIA. CORPOS NÔMADES organiza a
2ª MOSTRA D(r)AMAS DA MEIA-NOITE


Espetáculo Primeiro Era Depois, de Joana Ferraz e Juliana Ferreira

Acontece nos dias 21, 22, 27 e 28 de agosto de 2009, a 2ª Mostra D(r)amas da Meia Noite, evento destinado a intérpretes femininas da dança e do teatro e que tem como proposta mostrar as diferentes investigações cênicas desenvolvidas por intérpretes/criadoras contemporâneas. 

De um total de quase 50 inscritos nessa segunda edição do evento, o Cia. Corpos Nômades selecionousete coreografias para integrarem a programação do evento. Três delas serão apresentadas na primeira semana e outras quatro na segunda, sempre sextas e sábados à meia-noite.

No primeiro final de semana (21 e 22 de agosto) Evelyn Ligoki leva ao palco o universo das travestis, contando os detalhes do dia-a-dia de alguém que nasceu em um corpo de homem, mas vive em um universo feminino, na peça Borboletas de Sol de Asas Magoadas.

Depois, será apresentado o espetáculo in-Cômodo-ser-eu-só-tanta-gente, de Estela Lapponi. Em seguida, na mesma noite, o público assiste Alto mar de todas as coisas, trabalho de pesquisa prática dirigido por Key Sawao e Ricardo Iazzetta. 

No segundo final de semana (27 e 28 de agosto), dividem o palco Luciana Porta, com Faune, a sensualidade espiritual de Nijinsky como inspiração para a concepção coreográfica, embalada por Debussy e Toshiko Oiwa, com Sacre, que questiona as diferentes interpretações de ritmo e musicalidade existentes entre Europa, Ásia e África num tema comum a todos os países: a morte.  A Pequena Cia. de Dança vem em seguida com Primeiro Era Depois, espetáculo sobre a relação corpo e memória num mundo não linear. A artista Gícia Amorim encerra a noite com Desdobramentos, coreografia produzida e criada especialmente para o 13º Cultura Inglesa Festival, baseada numa interpretação dos conceitos do escultor Henry Moore.

Essa edição da 2ª Mostra D(r)amas da Meia Noite conta, ainda, com a novidade do Tea Time, nos sábados 21 e 27 de agosto, às 16 horas. O Tea Time (Hora do Chá) do D(r)amas da Meia-Noite consiste em um bate papo com as intérpretes da noite precedido por uma performance gratuita da Cia. Aberta, com o espetáculo Sapatos Cegos.

Programação:

 

1ª semana

21 e 22 de agosto, sexta e sábado às 24h, 12 anos (acompanhado dos pais), 132 minutos

Borboletas de sol de asas magoadas (2002)

Intérprete criadora: Evelyn Ligocki

“Borboletas de Sol de Asas Magoadas” leva para o palco o universo das travestis: Bety recebe o público para contar os detalhes do dia-a-dia de alguém que nasceu em um corpo de homem, mas vive em um universo feminino. O público mergulha em um universo, ora cintilante, ora opaco, de preconceitos, risos, silicone, sexo, música, salto alto, desprezo, solidão e feminilidade. O espetáculo já tem sete anos e a atriz construiu a personagem por meio da convivência com travestis de Porto Alegre e de entrevistas junto à Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul – IGUALDADE, que defende a cidadania desse público. 

Ficha Técnica:

Atuação, concepção e criação: Evelyn Ligocki Direção: Evelyn Ligocki Orientação: Celina AlcântaraIluminação: Eduardo Gabriel Alves Produção: Evelyn Ligocki

 

In-Cômodo-ser-eu-SÓ-tanta-gente (2007)

Intérprete-criadora: Estela Lapponi

“In-Cômodo-ser-eu-SÓ-tanta-gente” propõe uma pesquisa da interação de linguagens tendo como tema o “outramento”; a multiplicidade de nós mesmos, quando nos deparamos com os nossos vários “eus”.

Ficha Técnica

Criadora/intérprete: Estela Lapponi Colaboração da dramaturgia do movimento e Preparação Corporal: Lenira Rengel Preparação e Terapeuta Corporal: João Otávio DJ: Marcelo Naral Luz: Aline Santini Operação de vídeo/ VJ: Fernando Timba Produção Executiva: inCena 2.5 

 

Alto Mar de Todas as coisas (2009)

Direção: Key e Zetta Cia.

Alto mar de todas as coisas tem entre seus objetivos, a reunião de sete artistas iniciantes em torno de uma proposta dirigida por Key Sawao e Ricardo Iazzetta. A partir da frase título “Alto mar de todas as coisas” e do mergulho nas necessidades e interesses artísticos de cada participante, foi surgindo a encenação.

Ficha Técnica 

Direção, preparação corporal, coordenação da pesquisa: Key Sawao e Ricardo Iazzetta Criação e interpretação: Andréia Guilhermina, Beatriz Sano, Cida Sena, Claudia Piassi, Erica Tessarolo, Isabel Monteiro e Julia Rocha Artística, Registro em vídeo e desenho gráfico: Daniel Fagundes Trilha Sonora: Felipe Ribeiro 

 

 

Tea Time – Hora do Chá, dia 22 de agosto, 16h, entrada franca

Encontro bate-papo com as participantes dessa edição, onde ocorrerá uma conversa sobre os modos e maneiras de criação. Na abertura do Tea Time a performance é Sapatos Cegos, da Cia. Aberta de Dança.

 

 

2ª semana

28 e 29 de agosto, sexta e sábado às 24h, 12 anos (acompanhado dos pais), 100 minutos

 

Faune (2007)

Interpretação: Luciana Porta

A sensualidade espiritual de Nijinsky foi a inspiração para a concepção coreográfica desta partitura coloridamente orquestrada de Debussy. A paixão da criadora pelas obras do Ballet Russe começa a se concretizar quando Miki Wakamatsu encomenda este solo para fazer sua estréia no Saitama Arts Theater, Japão em março de 2008. 

Ficha Técnica:

Coreografia e Iluminação: Toshiko Oiwa Música: Prélude à l’après-midi d’un faune de Claude Debussy, 1894 Figurino: Maki Arie e Urara Sakurai Vídeo: Alex Soares

 

Sacre (2008)

Coreografia, interpretação e figurinos: Toshiko Oiwa

A versão para piano a quatro mãos da Sagração da Primavera nos conduz ao cerne desta obra prima: o ritmo da terra, o ciclo da vida e da morte. Em resposta à inspirada partitura eslava de Stravinsky, a criadora questiona as diferentes interpretações de ritmo e musicalidade existentes entre Europa, Ásia e África. Nas culturas primitivas, animistas do mundo inteiro têm um sistema de crenças similar no qual a morte, com sacrifício ou não, nada tem a ver com o medo de um Deus desconhecido. 

Ficha Técnica:

Música: A Sagração da Primavera de  Igor Stravinsky, 1913 Interpretação da versão para piano: Fazil Say Iluminação: Guillaume le Grontec e Toshiko Oiwa,

Criado durante a residência no Centre Nationale de la Danse, DCA-La Chaufferie /Studio de Philippe Decouflé, ASTRAKAN /Daniel Larrieu, Sala Crisantempo, Balé Cidade de São Paulo.

 

Primeiro Era Depois (2007)

Pequena Cia. de Dança / Intérpretes criadoras: Joana Ferraz e Juliana Ferreira.

Partimos da suposição de que o corpo que experimenta a memória não é  mais o que viveu o acontecimento, de que a memória seria uma idealização do passado. E se você se deparasse com o mundo das memórias, das versões de você mesmo e de acontecidos criados por ninguém menos que você? Esse mundo não linear, onde as informações se atravessam incoerentemente?

Do encontro destas questões com o trabalho da fotógrafa Chantal Michel surge um corpo que, preso em uma rede de memórias, busca incansavelmente se repetir com o intuito de poder, assim, viver novamente acontecimentos passados. Uma mulher duplicada habitando um ambiente de réplicas, que vai sendo transformado com o desejo de recuperar fielmente uma memória, e quanto mais se pretende alcançar esta imagem, mais distante ela se torna. Que corpo é esse que ocupa esse espaço? De que maneira ele ocupa esse ambiente de repetição, de saturação? Que corpo é esse que necessita de repetições dele mesmo?

  

Ficha Técnica:

Criação e interpretação: Pequena Cia. - Joana Ferraz e Juliana Ferreira Iluminação: Luz López Trilha Sonora: Felipe Ribeiro Figurino e espaço cênico: Pequena Cia.

 

Desdobramentos (2009)

Gícia Amorim

Desdobramentos estabelece um diálogo com os conceitos do escultor Henry Moore, onde o corpo constrói uma relação espacial em que a exploração do vazio, da cavidade, ganha a mesma importância que o volume na criação da forma tridimensional. O espaço interior entre as partes do corpo se torna uma maneira de desdobrar a figura humana, alterando a sua simetria, porém sem enfraquecer a percepção material deste corpo. Contudo, de acordo com o conceito de Henry Moore de respeitar o caráter particular de cada material, é explorado tanto a dureza como a maleabilidade da forma humana. Uma procura de solidez e concentração do que deve resistir e ao mesmo tempo ceder à força da gravidade.  

Coreografia produzida e criada especialmente para o 13º Cultura Inglesa Festival.

Ficha técnica:

Concepção, coreografia e interpretação: Gícia Amorim Cenografia: Suiá Burger Ferlauto Execução dos objetos de cena: Sandro Roberto Criação musical e interpretação: Aguinaldo Bueno Projeto de luz: André Boll Figurino: Walter Rodrigues Fotografia: Arnaldo J.G. Torres Produção Executiva: Dora Leão – PLATÔproduções

 

Tea Time – Hora do Chá, dia 29 de agosto, 16h, entrada franca

Bate-papo com as participantes dessa edição sobre os modos e maneiras de criação. Na abertura do Tea Time haverá a performance de Sapatos Cegos, da Cia. Aberta de Dança.

 

Ficha Técnica

O LUGAR – CIA. CORPOS NÔMADES

Direção Artística: João Andreazzi Produção e coordenação: Ricardo Silva e Tiago Teles

 

O LUGAR - CIA. CORPOS NÔMADES

Rua Augusta, 325 São Paulo – SP / Telefone informações e reservas: 011-32373224 / E-mail:ciacorposnômades@gmail.com / Ingressos: R$15,00 e R$7,50 / Estacionamento convênio com Ueda Park - Rua Augusta, 108.

 

Informações para imprensa: Canal Aberto Assessoria de Imprensa

Márcia Marques - (11) 3798 9510 / 2914 0770/ 9126 0425

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