“Abobrinhas Recheadas” é um espetáculo de dança contemporânea resultante da pesquisa “Reprocessamentos Coreográficos: transduções estético-culturais entre dança e vídeo”, contemplada com a “Bolsa FUNARTE de Estímulo à Criação Artística 2008”.
Como reprocessamento das investigações poético-coreográficas que venho realizando, o espetáculo “Abobrinhas Recheadas”, de forma bem-humorada, coloca em cena questões sobre corpo, movimento e cultura pop através das relações entre dança e vídeo.
De que maneira as formas visuais de e em movimento podem ser deslocadas da suas criações originais para assumirem outras estruturas de representação no corpo?
Com esta questão, a pesquisa direcionou-se para a descoberta de estratégias criativas pelas quais é possível relacionar dança e vídeo, com o desafio de não cair nas enfadonhas imagens de corpos treinados com técnicas específicas de movimento. Nesse sentido, a videodança aqui, ou como se queria chamar os agenciamentos estéticos e culturais entre dança e vídeo, não se refere apenas aos aspectos formais das linguagens e não tem um resultado audiovisual. É, antes, uma maneira de pensar e de levar metodologicamente o processo criativo em arte. É, antes, um agenciamento entre mundo-vídeo e mundo-dança. Videocoreografia, portanto, possível de ser criada e percebida no corpo e no palco, assim como nos pixels e na tela.
Nesse sentido, com o desejo de debater os padrões de dança e de escritura da mobilidade estabelecidos no campo da arte e nos processos midiáticos, o espetáculo foi composto a partir da idéia de pós-produção.
Um conceito vindo do universo videográfico em que o processo criativo se dá pela apropriação e manipulação de matérias e materiais já feitos e informados que circulam no ambiente cultural: marcas da mobilidade do corpo já impregnadas na cultura.
Assim, uma famosa, única e infinitamente potente partitura de movimento foi utilizada para a composição de toda estrutura poética do espetáculo, e o projeto coreográfico foi editado em função de tal seqüência de movimentos pela qual são reprocessadas e enunciadas diversas mobilidades em seus diálogos com o corpo, o jogo, a imagem e o som. Cabe lembrar que não temos o objetivo de sermos engraçados. O ‘humor na dança’ não foi nosso objeto de investigação. No entanto, como em tudo, não podemos negar as diversões que aparecem durante os percursos. Assim, esperamos que vocês também não neguem, caso o riso, em algum momento, apareça.
Diego Mac.
SERVIÇO
14, 15, 21, 23, 28, 29, 30 de julho | 20h
Teatro Carlos Carvalho – Casa de Cultura Mário Quintana
Capacidade de público por apresentação: 32 pessoas
FICHA TÉCNICA
Direção: Diego Mac.
Projeto coreográfico: Alessandra Chemello e Diego Mac.
Trilha-sonora, figurino, cenário e produção: Alessandra Chemello e Diego Mac.
Assistência de produção e cenotecnia: Sandra Goulart dos Santos.
Intérpretes: Daniela Aquino, Fabi Vanoni, Nilton Gaffree, Roberta Savian.
Design gráfico: TUPAX pindoramogràphïco.
Assessoria de imprensa: Lauro Ramalho.
Agradecimentos:
FUNARTE, Fabiano Carneiro, Coca-Cola, Thaís Alves, Luiza Moraes, Jenifer Guedes, Macarena, Myriam Vanoni, Marlboro e Free, Patrick Vargas, Isabella Vanoni, Buteco de Dança, João Henrique Natividade, Erva-mate Cristalina, Lourdes Dall’Onder, MSN, Carmem Salazar, June Machado, Pipocas Yoki, Cíntia Bracht, Nayla Modas, Café Melitta, Paulo Maurício (tio da receita), Los Del Rio, Camisetas da Hora.com.br, Pânico na TV, o tio do táxi, Superman, Abobrinhas, Blogspot, Adriane Mottola e Studio Stravaganza, Airton Tomazzoni, Cia. de Arte e Jussara Miranda.