segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Curitiba-PR: Palco Giratório


 H A G A H


e s c r e v e u 


Palco Giratório

Companhia Dos à Deux

A Companhia Dos à Deux, do Rio de Janeiro, sintetiza teatro e dança em apresentação. O espetáculo narra a história de dois homens, duas solidões perdidas na espera. 
São dois seres infantis que se abrigam em peles adultas protegendo um ao outro e se protegendo um do outro, tentando se divertir para renunciar a realidade.



Teatro Barracão EnCena

Rua Treze de Maio, 160
Centro - Curitiba

Telefone(s):
(41) 3223-5517
Horário(s):
29/09/2008 - Segunda, às 20h30
Preço(s):
GRÁTIS


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hagah   


São Paulo: 2ª Mostra do Fomento à Dança leva maratona de espetáculos à Galeria Olido


Prefeitura de
São Paulo
2ª Mostra do Fomento à Dança
leva maratona de espetáculos
à Galeria Olido


Entre os dias 30 de setembro e 26 de outubro serão apresentadas, gratuitamente, coreografias de dança contemporânea selecionadas pelos 2º e 3º editais publicados em 2007

A segunda edição da Mostra de Fomento à Dança – a primeira ocorreu em 2007 – traz à Galeria Olido mais de 20 coreografias contempladas pelo Programa Municipal de Fomento à Dança, criado em 2006.
A abertura do evento, da qual o público também está convidado a participar, fica por conta do coreógrafo Antonio Nóbrega, dia 30, às 20h. Durante o mês de outubro, os espetáculos ocuparão o Centro de Dança Umberto da Silva, que reúne a Sala Paissandu e a Sala de Pesquisa e Acervo de Dança, além da Sala Olido e dos corredores externos da Galeria Olido, localizada no Centro da cidade. 
A principal característica do evento é a diversidade dos trabalhos apresentados que está evidenciada na ampla oferta de espetáculos de grupos com diferentes histórias na esfera paulistana de dança, cada qual contribuindo à sua maneira para a construção de um painel da dança contemporânea na cidade de São Paulo, tornando-se resultado das diversas maneiras que a metrópole influencia seus indivíduos.



Serviço
2ª Mostra do Fomento à Dança
De 30/9 a 26/10
Galeria Olido
(Sala Paissandu – 139 lugares e Sala Olido – 293 lugares)
Tel.: 3397-0170.
Avenida São João, 473
Grátis




PROGRAMAÇÃO


AULA-ESPETÁCULO COM ANTÔNIO NÓBREGA

Dir. e concepção: Antônio Nóbrega. Com Luciano Fagundes, Maria Eugênia Almeida, Marina Abib Candusso e outros. 60 min. Livre

Durante aproximadamente uma hora, Antônio Nóbrega e alguns dançarinos do espetáculo original Passo promovem um bate-papo, ilustrado por danças, remetendo à criação da montagem no contexto da busca de uma linguagem brasileira e contemporânea de dança.
/ Sala Paissandu. Dia 30/9, 20h


CARMEN GOMIDE: CORPO ERÓTICO

Concepção, criação, interpretação: Carmen Gomide. Dir.: Mariana Muniz. Trilha Sonora: Livio Tragtenberg. 45 min. 14 anos.  

Investigação sobre o papel do erotismo com suas implicações e complexidade nas relações humanas. A força, a intensidade e a singularidade do corpo humano retratadas na obra de Lucian Freud (1922), artista britânico que trata o erotismo em pinturas figurativas. 

/ Sala Paissandu. Dia 1º, 20h


CIA. FRAGMENTOS DE DANÇA: SOB A NUDEZ DOS OLHOS

Dir. geral, concepção e coreografia: Vanessa Macedo. Dir. artística: Ângela Nolf. Com Adriana Guidotte, André Ricardo, Eloisa Rosa e outros. Trilha sonora: Allen Ferraudo. 55 min. 14 anos. 

Inspirado na obra Ensaio sobre a cegueira, do escritor português José Saramago, o espetáculo propõe discutir a essência humana. A criação busca construir uma linguagem teatral no corpo.

/ Sala Paissandu. Dia 2, 20h


VIA URBANA DANÇA CONTEMPORÂNEA: KHRONOS

Dir. e criação: Pedro Costa. Com Beatriz Brejon, Lucia Weber, Pedro Costa e Marcos Vinícius. Participação do ator Henrique Meirellis. Seleção musical: Pedro Costa. 60 min. 14 anos.

Na mitologia clássica grega, Khronos simboliza o tempo. Tendo este tempo como ponto de partida, o espetáculo investiga o passado e o presente, seu reflexo no indivíduo e sua interação na sociedade. As pesquisas foram baseadas em poemas de Brecht, Santo Agostinho e Vinicius de Moraes. 

/ Sala Paissandu. Dia 3, 20h


CIA. NOVA DANÇA 4: INFLUÊNCIA – PRIMEIROS ESTUDOS

Dir. e concepção: Cristiane Paoli Quito. Com Alex Ratton Sanchez, Cristiano Karnas, Diogo Granato e outros. 60 min. Menores de 12 anos, somente acompanhados.

Com um olhar atento para a violência social e para os significados das relações humanas, a dramaturgia da peça utiliza o suspense como recurso para tratar de crimes, investigação e mídia. 

/ Sala Paissandu. Dia 4, 20h


GIZ DE CENA: 5 DANÇADEIRAS...PEIRAS MEIRAS DIMOFEIRAS SERACOTEIRAS

Dir.: Elizabeth Menezes. Com Flora Poppovic, Gisele Penafieri, Lívia Império e outros. Trilha original: Rosälia Albuquerque. Arranjadores: Estêvão Marques e Flora Poppovic. 60 min. Livre. 

Espetáculo infanto-juvenil criado a partir do diálogo entre a dança, música ao vivo e as artes visuais, mostrando a diversidade cultural e humana e a possibilidade de transformação da realidade por meio de brincadeiras.

/ Sala Paissandu. Dia 5, 16h


CIA. CÊNICA NAU DE ÍCAROS: DE UM LUGAR PARA O OUTRO (...)

Dir. e roteiro: José Possi Neto. Coreografia: Miriam Druwe. Intérpretes-criadores: Álvaro Barcellos, Beatriz Evrard, Celso Reeks e outros. Trilha Sonora: André Hosoi e Bruno Buarque. Músicos convidados: Barbatuques, Ricardo Valverde, Samba e outros. 60 min. Livre. 

A partir da proposta de retratar o universo das tradições populares, o espetáculo mistura elementos contemporâneos a ícones, entidades e lendas da cultura popular brasileira, tendo com figura central o orixá do movimento e da comunicação, Exu.

/ Sala Olido. Dia 5, 19h


NÚCLEO ARTÉRIAS: FRONTEIRAS MÓVEIS

Dir. e concepção: Adriana Grechi. Criação e interpretação: Karina Ka, Lua Tatit e Tatiana Melitello. Trilha sonora e performance: Dudu Tsuda. 50 min. 14 anos.  

O espetáculo discute a instabilidade, violência e medo sob a perspectiva da ambivalência, idéia presente no livro Medo líquido, do sociólogo e pensador Zygmunt Bauman.  

/ Sala Paissandu. Dia 7, 20h


NÚCLEO DE IMPROVISAÇÃO: ÁREA DE RISCO

Dir.: Zélia Monteiro. Intérpretes-criadores: Donizetti Mazonas, Lú Favoreto, Melissa Bamonte e outros. Dir. musical: João de Bruçó. Intervenção musical: Sandra Ximenez. 50 min. Livre. 

No espetáculo, a improvisação é matéria poética. Procurando o instante desestabilizador que provoca variações em nossas ações habituais, desorganiza nossa relação com o mundo e cria novos percursos, deixando entrever as fronteiras entre gesto e contexto.

/ Sala Paissandu. Dia 8, 20h


SILENCIOSAS: REVOLVER-ROAD

Dir. e concepção: Diogo Granato. Intérpretes: Xica Lisboa, Nathalia Catharina e Gisele Calazans. 60 min. Livre. 

Baseado nas faixas dos álbuns Revolver e Abbey Road, dos Beatles, o grupo de improvisação-dança-teatro apresenta espetáculo repleto de referências ao universo pop e cult de forma bem-humorada.

/ Sala Paissandu. Dia 9, 20h


J. GARCIA E CIA.: UM CONTO IDIOTA

Dir. geral, concepção e coreografia: Jorge Garcia. Com Beto Amorim, Cynthia Domenico, Henrique Lima e outros. Trilha sonora: Aguinaldo Bueno. 75 min. 16 anos. 

Inspirado no universo dos palhaços do início do século 20 e no cinema mudo, o espetáculo revela a simplicidade dos gestos, das ações e dos sentimentos, abordados de forma minimalista. 

/ Sala Paissandu. Dia 10, 20h


CIA. DANÇAS: Q

Dir.: Roberto Lage. Coreografia: Claudia de Souza. Concepção de ambos. Com Claudia de Souza, Cristiana de Souza, Junior Gonçalves e outros. 50 min. Livre. 

Espetáculo que aborda a constante troca de calor que comanda a dinâmica das relações interpessoais.  Fatores como contato, mudanças de temperatura e histeria nascem de uma investigação corporal cujo foco é a maneira como o ser humano se comporta diante da sensação e das manifestações do calor. 

/ Sala Paissandu. Dia 11, 20h


CALEIDOS: COREOLÓGICAS V

Dir. e concepção: Isabel Marques. Intérpretes-criadoras: Luciana Nunes, Sheila Alvarenga, Samanta Roque e Renata Baima. Trilha sonora original: Rogério Rochlitz. 60 min. Livre.

Há 12 anos, a Cia. desenvolve o Projeto Coreológicas. Este espetáculo aborda diferentes temas sobre movimento sugeridos por Rudolf Laban de forma artística e lúdica. Durante a apresentação, o público é convidado a assistir e também a participar.

/ Sala Paissandu. Dia 12, 16h


CIA. VIGA DE DANÇA: LUGAR DE SARAH OU QUALQUER COISA QUE A SENHORA QUISER

Dir. e criação: Sônia Lopes Soares. Concepção: Sônia Lopes Soares e João Miguel. Intérpretes-criadoras: Sônia Lopes Soares e Tatiana Guimarães. Trilha sonora: Érico Theobaldo. 50 min. Livre. 

Espetáculo/instalação em que as intérpretes interagem com vários objetos cênicos. Circular, a coreografia começa dentro de um foco de luz e, a partir dele, figuras se movem, crescendo até tomar todo o espaço, revelando um corpo fragmentado. 

/ Esta coreografia, excepcionalmente, não será encenada na Galeria Olido. Espaço Viga Cênico. Rua Capote Valente, 1.323, Pinheiros. Telefone: 3801-1843. Dia 13, 20h


CIA. REPENTISTAS DO CORPO: CORDEL ENCORPADO

Dir., concepção e coreografia: Sérgio Rocha. Com Cláudia Christ, Júlio Romero e Sérgio Rocha. 60 min. Livre. 

A coreografia investiga o universo lúdico-poético da literatura de cordel. Como se fossem repentistas do corpo, os dançarinos interpretam trechos de obras famosas, entre elas As receitas de prodocopéia, de J. Barros; e O trabalho da mulher, de José Costa Leite. Figurinos e adereços foram inspirados nos bonecos de cerâmica do artesanato nordestino.

/ Sala Paissandu. Dia 14, 20h


MARCOS SOBRINHO: O ILHA

Dir., concepção e dramaturgia: Marcos Sobrinho. Criadores-intérpretes: Pin Nogueira, Paula Grinover, Ricardo Barretto e Marcos Sobrinho. Pesquisa sonora: Sergio Villafranca. 60 min. 14 anos. 

A obra do artista plástico José Leonilson (1957-1994) é o ponto de partida para este espetáculo de dança contemporânea que aborda questões relacionadas à identidade. Os personagens são definidos como “ilhas” que se agregam e desagregam dos corpos, na medida em que esses passam por experiências de isolamento.

/ Sala Paissandu. Dia 15, 20h

 

NÚCLEO OMSTRAB: QUASE TUDO

Dir.: Fernando Lee. Com Alex Martins, Fernando Lee, Marcio Greyk e outros. 60 min. Livre.

Dentro do conceito de integração de linguagens, o espetáculo apresenta uma coletânea de trechos selecionados dos seis espetáculos do repertório da companhia, que compuseram o projeto Plataforma Omstrab. Além desses segmentos, a apresentação inclui alguns quadros do início da pesquisa do novo trabalho Diários de viagem, com estréia prevista para 2009. 

/ Sala Paissandu. Dia 16, 20h


CIA. DE TEATRO E DANÇA MARIANA MUNIZ: PARANGOLÉS

Dir. e concepção: Mariana Muniz. Bailarinos-intérpretes: Bárbara Faustino, Danielli Mendes, Mariana Muniz e outros. Música: Celso Nascimento e Ricardo Severo. Música ao vivo: Celso Nascimento. 60 min. Livre.

Espetáculo que é resultado do cruzamento do conceito parangolé (tipo de capa/estrutura que, ao abrigar e integrar os corpos, mostra suas cores, formas, texturas e grafismos), da obra do artista plástico Hélio Oiticica, com a dança contemporânea. 

/ Espetáculo de rua. Dia 17, 17h


BABADO DE CHITA: SAIANDO

Dir.: Jorge Balbyns. Dramaturgia: Valeria Cano Bravi. Dir. musical: maestro Lincoln Antônio. 60 min. Livre. 

Espetáculo baseado na pesquisa de campo sobre figuras femininas relevantes dentro de suas comunidades. Neste cotidiano estão presentes danças tradicionais nas quais a saia tem papel expressivo. Vencedor do Prêmio Funarte Klauss Vianna de Dança em 2006. 

/ Sala Paissandu. Dia 19, 19h


CIA. PERDIDA – NÚCLEO DOIS CORPOS: ANTES DA QUEDA

Dir. e concepção: Juliana Moraes. Intérpretes-criadoras: Carolina Callegaro, Isabel Monteiro, Juliana Moraes e Maristela Estrela. Trilha sonora: Jonas Tatit. 50 min. 14 anos. 

Estréia do espetáculo inspirado nas fotografias da artista americana Francesca Woodman que se autofotografou entre os 13 e 22 anos de idade, antes de cometer suicídio.

/ Sala Paissandu. Dia 21, 20h 


ESPAÇO VIVER: URUTU BRANCO E COBRA VOADEIRA

Dir.: Hélio Cícero. Concepção: Zé Maria. Com Zé Maria, Ana Lacombe, Cícero Mendes e outros. 60 min. Livre.

Terceiro episódio do espetáculo Era infinitamente maio, trilogia concebida por Zé Maria, que se baseia na obra Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa.  Nesta passagem, obra em rubro, o herói sofre constante metamorfose até chegar às questões espirituais simbolizadas pela “cobra voadeira Urutu Branco”.  

/ Sala Paissandu. Dia 22, 20h 

 

KEYZETTA E CIA.: PODE-SE APOSTAR QUE O HOMEM DESAPARECERÁ COMO UM ROSTO DE AREIA NO LIMITE DO MAR

Key Zetta e Cia.. Dir. e coreografia: Key Sawao e Ricardo Iazetta. Intérpretes-criadores: Daniel Fagundes, Eliana de Santana, Key Sawao e Ricardo Iazetta. 50 min. Livre. 

Projeto realizado pelo Programa de Fomento à Dança 3ª Edição /SMC. Na coreografia, o homem é o centro da ação.

/ Sala Vermelha. Dia 23, 20h 


OFICINA: AVALIAÇÃO PARTICIPATIVA DO PROGRAMA DE FOMENTO À DANÇA

Coord.: Roberto Vilela. 

Tendo por base os resultados de uma pesquisa de avaliação do Programa de Fomento à Dança realizada com os próprios grupos contemplados, a oficina pretende elaborar propostas que contribuam  para a melhoria e desenvolvimento do Programa. 

/ Sala Paissandu e Salas de Ensaio. Dia 24, 17h


P.U.L.T.S. – TEATRO COREOGRÁFICO: ÍNDICE DOS PRIMEIROS VERSOS

Dir., concepção e coreografia: Marcelo Bucoff. Intérpretes: Larissa Miwako, Cida Sena e Natalia Fernandes. Trilha sonora: Rafael Agra. 50 min. Livre. 

Estréia de espetáculo que alia pesquisa de movimento e experimentação no campo das artes plásticas, poesia, audiovisual, arte circense e música. A coreografia propõe explorar o conflito poético entre emoção, sensibilidade e técnica. 

/ Sala Paissandu. Dia 25, 20h


CIA. DRUW: LÚDICO

Dir., concepção e coreografia: Miriam Druwe. Intérpretes-criadores: Miriam Druwe, Adriana Guidotte, Tatiana Guimarães e outros. Atriz convidada: Luciana Paez. Trilha sonora: Fábio Cardia. 60 min. Livre. 

Espetáculo de dança infanto-juvenil inspirado nas obras do pintor russo Wassily Kandinsky. 

/ Sala Olido. Dia 26, 16h 



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29-09-2008      

29-09-2008      

24-09-2008      


São Paulo: 01/10 - A bailarina e coreógrafa Carmen Gomide apresenta Corpo Erótico


Nathalia Oliveira 
Oliveira@paulomarra.com.br 

e s c r e v e u  


DANÇA / ÚNICA APRESENTAÇÃO / GRÁTIS

EM 01 DE OUTUBRO, A BAILARINA E COREÓGRAFA CARMEN GOMIDE APRESENTA O PREMIADOCORPO ERÓTICO DENTRO DA 2ª MOSTRA DO FOMENTO À DANÇA, NA GALERIA OLIDO, COM ENTRADA GRATUITO





Investigando o papel do erotismo nas relações humanas, suas implicações e a complexidade que este assunto revela, Corpo Eróticofoi contemplado com o 3º edital de Fomento à Dança para o Município de São Paulo. O trabalho inspirado no artista plástico naturalizado britânico Lucien Freud, trata o erotismo com dados da realidade, não mascarando ou interpretando-o através de maneiras apenas estéticas.

Em 01 de outubro (quarta-feira), às 20 horas, Corpo Erótico, criação da coreógrafa e bailarina Carmen Gomide, estará em cartaz em uma única apresentação na Galeria Olido, em São Paulo.  A apresentação faz parte da programação da 2ª Mostra do Fomento à Dança.

Contemplado com o 3º edital de Fomento à Dança para o Município de São Paulo, o olhar artístico de Lucian Freud foi o ponto de partida para a criação do solo "Corpo Erótico" já que o artista britânico é considerado o grande retratista pós-moderno, herdeiro da tradição iconoclasta do Renascimento e sua pintura reflete a figura humana e a sua essência: o corpo nu, despojado, solitário, do nascimento à morte. Seu extremo realismo agrada e repele, intriga e incomoda.

Dirigido por Mariana Muniz, "Corpo Erótico" tem música original composta pelo maestro Lívio Tratenberg e as intervenções em vídeo assinadas por Willand Pinsdorf costuram imagens que seguem a pesquisa realizada pela idealizadora do projeto.

Para Carmen Gomide, "No mundo moderno, o erotismo foi substituído por uma pornografia que lida com imagens explícitas e que imprime rapidez na sexualidade e nos relacionamentos entre as pessoas. O tempo erótico, ao contrário, não tem pressa, está entregue a uma busca que é da celebração do prazer puro e simples".

2ª MOSTRA DO FOMENTO À DANÇA

Em sua segunda edição, a Mostra de Fomento à Dança reunirá a diversidade de estilos de 24 trabalhos das companhias contempladas pelos 2º e 3º Editais do Programa. A festa de abertura, no próximo dia 30 de setembro, será marcada pela aula-espetáculo que Antônio Nóbrega faz na Galeria Olido (av. São João, 473, República), às 20h. Sempre com entrada gratuita, a mostra vai até o dia 26 de setembro e trará espetáculos para os públicos adulto e infantil além de uma avaliação participativa do Programa Municipal de Fomento à Dança.

O Núcleo Dança, realizador o evento, optou por concentrar todas as atividades na Galeria Olido, um espaço cultural já consagrado por promover principalmente atividades ligadas à dança.

Os espetáculos acontecerão de terça a domingo, com a reserva de um dia para cada Núcleo Artístico em apresentações na Sala Paissandu e Salas de Ensaio do Centro de Dança Umberto da Silva (2º anadr), na Sala Olido e corredor externo (térreo).

Implantado em 2006, o Programa Municipal de Fomento à Dança é uma conquista da classe artística da dança paulistana que, desde 2002, se empenha para a sensibilização da importância de políticas públicas direcionadas para área.

Não existe no Brasil nenhum outro edital apoiado em uma Lei Municipal exclusivamente dedicado à dança. Desde 2007, o Programa aprovou 53 projetos de núcleos artísticos, gerando um aquecimento considerável na criação e circulação de espetáculos.

A 2ª Mostra do Fomento à Dança é uma oportunidade, tanto para os grupos fomentados quanto para o público em geral, de conferir uma parte significativa da produção de dança contemporânea em São Paulo. 

A PESQUISA

Para delinear a coreografia de Corpo Erótico, Carmen buscou penetrar nas camadas que recobrem os seres humanos, trazendo à tona suas características mais profundas e ocultas através do estudo do corpo e na relação com o erotismo, sob diferentes aspectos: como representação significa em relação à evolução da espécie e, nesse sentido, comparativamente a comportamentos humanos além do viés filosófico.

 "Parti de um olhar que é íntimo, e que parte do mundo interno para revelar o externo, que está no trânsito desses estados que o corpo vivência mesmo que de forma inconsciente. O que busquei foi desenvolver a intenção de observar para desnudar,sem no entanto ser conclusivo, pois esta é uma, das muitas possibilidades que o tema propõe'', explica Carmen.

De acordo com essas premissas, a coreografia seguiu na busca do entendimento do erotismo nas relações humanas, em contaminação com as experiências estéticas proporcionadas pela pesquisa iconográfica, e seu fio condutor foi a transformação que o erotismo vem sofrendo e suas possíveis analogias.

"Trabalhamos com os sentidos, com as sensações, transpondo para a apresentação a comunicação direta entre os estímulos neuro-sensoriais, tal como o uso de uma gramática que desaprendemos com o tempo. Para pesquisar o Erotismo, tivemos que desvendar todo o campo sensorial que é onde esta proposta se insere", pontua Carmen.  

A COREOGRAFIA

 Partindo de improvisações registradas em vídeo e da observação do material iconográfico, foram selecionadas as características que ajudaram na construção de um corpo capaz de exprimir parâmetros próprios e construir uma narrativa a partir desses elementos, não como cópia, mas como linguagem. O desenvolvimento da dramaturgia esteve calcado na observação constante do cotidiano em que vivemos, decifrando e revelando a simplicidade e, ao mesmo tempo, a complexidade do erotismo no ser humano e da troca que acontece nas relações sob esse ponto de vista.

"A construção da coreografia se deu a partir da constatação de que já temos um corpo que se construiu na nossa vida cotidiana e, a partir dos treinamentos que realizou, já possui um repertório de experiências", conta GomideCorpo Erótico valoriza essa experiência e se deixa contaminar por esse universo impactante da obra de Lucian Freud que, para ela, dialoga com as questões do erotismo propostas por Bataille.

 

CARMEN GOMIDE

Bailarina, coreógrafa e pesquisadora em dança contemporânea e performance art. formada em Comunicação e Artes do Corpo pela PUC de São Paulo. Estudou como bolsista no Joffrey ballet em Nova Iorque. Atuou profissionalmente como bailarina do Balé da Cidade de São Paulo de 1988 a 1990; Balé Opera Paulista de 1991 a 1993;Parsifal ,obra do diretor Jorge Takla e Aulis, com direção de Celso Fratesqui e Elias Andreato.

Trabalha como produtora, coreógrafa e pesquisadora desde 1992, sendo autora das obras: Terra Estranha, La Danaide, Corpo Jubiloso: Carne Selvagem, Adiamento, entre outras. Como coreógrafa participou do projeto O Feminino na dança, no Centro Cultural São Paulo, como convidada das Bienais do Sesc Santos de 2000 e 2002, de projetos de fomento à dança em parceria com aCultura Inglesa, Instituto Goethe, Cooperativa Paulista dos Bailarinos Coreógrafos e Festival de Inverno de Ouro Preto .

Em 2001, ganhou o Prêmio Encena Brasil, da Funarte, pelo projeto 8 Dogmas Novas Dobras, juntamente com o núcleo Tandanz, com a coreografia Adiamento,sob a direção de Renato Cohen. Em 2003, concluiu a Graduação em Comunicação e Artes do Corpo com o projeto teórico e de criação cênica, Para Faca, Relógio e Bala, sobre o poema "Uma Faca só Lâmina'', de João Cabral de Melo Neto. Em 2006, fundou a Cooperativa Paulista de Dança (www.coopdanca.com.br), juntamente com 20 profissionais da dança.

Estreou (Re)volta em setembro de 2006, trabalho de pesquisa em dança e performance, sob a direção da atriz e coreógrafa Mariana Muniz, na Galeria Olido em SP e recebeu os prêmios Klauss Vianna e Caravana Funarte Petrobrás de Circulação Nacional, ambos pela Funarte. Além disto, foi agraciada com o prêmio para criação de espetáculo novo pelo 11o Festival Cultura Inglesa, "Corpo Erótico", apresentado em maio de 2007. Também em 2007, foi convidada pelo Sesc São Paulo para participar da mesa redonda "Territórios de Organização e Fomento à Dança", projeto que visa abrir espaço para a apreciação e para o debate da dança contempor ânea. No mesmo ano foi premiada pela 3º edital do Fomento à dança em 2007, com o trabalho Corpo Erótico, produzido para o 11ª Cultura Inglesa Festival.

Em 2008, Carmen foi convidada para tornar-se membro do "Conselho Internacional de Dança da Unesco - CID 11223"

LUCIAN FREUD

Exilado da Alemanha em 1933 por causa no nazismo, o trauma das guerras marcou sua obra, tendo ele afirmado que a ruína era a essência de sua pintura: a decadência do corpo humano. Por trás de modelos definidos perpassa algo invisivelmente repulsivo.  Não apenas pessoas, mas interpretações de pessoas. São "personas", pois ele vê além dos modelos. Sua família emigrou para a Inglaterra em 1933 e ele obteve cidadania britânica, quando seu avô e parentes também emigraram para esse país em 1938. Freud é um dos artistas britânicos mais famosos, considerado como um dos expoentes contemporâneos da pintura figurativa.

A primeira sensação causada pela sua obra é a da força, da intensidade e da singularidade do humano. Um olhar, um rosto, uma vida. Existe uma qualidade paradoxal no trabalho de Lucian Freud, uma requintada ironia face ao hermetismo pictórico modernista. A evolução dos retratos nus de Lucian Freud acentuará a estranheza, a imobilidade e o desconforto dos sujeitos retratados em espaços despojados e recorrentes. Esse persistente olhar sobre a nudez humana, visivelmente interessado na crueza do corpo, no impacto das formas e volumes, no choque do corpo extremo, tem a sua declinação mais tocante na série única e sem precedentes dedicada a Lucie, mãe de Freud, rosto incontornável de expressão de fr agilidade e nudez, embora em todos os seus retratos ela se apresente vestida, com um toque extraordinário de ordem e pudor.

 

CORPO ERÓTICO,

Local: Galeria Olido - Sala Paissandu

Capacidade: 160 lugares

Dia: 01 de Outubro (quarta-feira)

Horário: 20 horas

GRÁTIS

Endereço: Avenida São João,  473 - Centro - São Paulo - SP

Idade: 12 anos

Telefone: 3331-7703

Estacionamento: Trevo São João 597

 

FICHA TÉCNICA: Concepção, criação, interpretação: Carmen Gomide; Concepção de figurino e iluminação e co-produção: Carmen Gomide; Direção: Mariana Muniz; Fotografia: Silvia Machado; Operação da grua: Ronaldo Silva; Operação de luz: Celso Marques; Operação do som: Fernando Mastrocolla; Trilha Sonora: Livio Tragtenberg; Vídeo: Wiland Pinsdorf; Assessoria de Imprensa: Marra Assessoria de Comunicação Ltda; Produção: José Renato F. Almeida.

 

Assessoria de Imprensa

Marra Assessoria de Comunicação Ltda.

Fone: (11) 3258-4780

Nathalia Oliveira - oliveira@paulomarra.com.br  / Paulo Marra: marra@paulomarra.com.br

www.marracomunicacao.com.br 






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