quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Coreógrafo brasileiro leva companhia suíça a festival em Berlim


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CULTURA | 20.08.2011

Coreógrafo brasileiro leva companhia suíça a festival em Berlim

 

Guilherme Botelho leva sua companhia Alias, baseada em Genebra, à 23ª edição do festival internacional de dança Tanz im August. O espetáculo "Sideways rain" será apresentado no fim de semana na capital alemã.

 
O 23º festival internacional de dança Tanz im August, realizado em Berlim entre 12 e 28 de agosto, conta com 22 produções de 13 países. Além do Japão, Canadá, Estados Unidos, Portugal e outros, o Brasil também está representado no evento. Neste sábado e domingo (20-21/08), o coreógrafo brasileiro Guilherme Botelho leva pela primeira vez sua companhia Alias, baseada na Suíça, aos palcos berlinenses.
A peça de dança contemporânea criada por Botelho, em turnê desde fevereiro, chama-se Sideways rain (Chuva de lado). "É um rio de pessoas que não param de passar. É como quando está chovendo tão forte, que, com o vento, a chuva vem de lado. É uma peça um pouco teatral, um pouco gráfica", explica o coreógrafo.
Os bailarinos cruzam o palco ininterruptamente, da esquerda para a direita – andam, correm, rastejam, param e começam tudo outra vez –, em um movimento hipnótico e fascinante. "Guilherme Botelho e sua companhia de Genebra trabalham em Sideways rain com movimentos aparentemente simples, mas de teor musical altamente complexo", definiu o jornal Berliner Morgenpost.
A montagem, que conta com a participação de 16 bailarinos, levou quase três anos para ficar pronta, considerando o tempo de criação e de ensaios. "A peça fala do destino, da genética, da relação entre o indivíduo e o grupo. Pode ser interpretada como o caminho da vida, as decisões que tomamos ou deixamos de tomar", define Botelho.
O exílio
Guilherme Botelho nasceu em São Paulo, em 1962. Aos 14 anos, um professor de artes o fez descobrir o espetáculo Escenas de família (Cenas de família), do coreógrafo argentino Oscar Araiz. "Ao assisti-lo, me deu muita vontade de dançar, era uma coisa evidente", conta o brasileiro. Aos 17 anos, Botelho conseguiu seu primeiro contrato – que teve de ser assinado pela mãe do então menor de idade – com o Balé da Cidade de São Paulo.
Pouco depois, Araiz assumiu a direção do balé do Grande Teatro de Genebra e, aos 19, Botelho veio para a Suíça. Dez anos depois, em 1994, o dançarino fundou sua própria companhia, a Alias. Aos poucos, foi abandonando os palcos e dedicando-se mais ao trabalho de coreógrafo. Hoje, dança apenas em pequenos projetos.
Sobre o motivo de deixar o Brasil, Botelho diz que não foi simplesmente por vontade de viver no exterior. "Eu queria trabalhar com pessoas que estavam em Genebra", explica. Passados 25 anos, o coreógrafo diz que suas raízes continuam influenciando seu trabalho, mas de uma maneira pessoal, por um jeito de ver as coisas menos regrado que o dos europeus.
"É preciso ter cuidado para não cair em estereótipos. Meu trabalho é um reflexo do que sou, que tem a ver com o fato de eu ter crescido no Brasil. Mas não é porque sou brasileiro que vou escolher uma música brasileira, um figurino colorido", diz.
Quanto à recepção do trabalho de um brasileiro na Europa, o artista acredita que o continente esteja acostumado com a presença de coreógrafos estrangeiros, "seja um alemão na França, um australiano na Inglaterra ou um americano na Bélgica".
A companhia
Desde que foi criada, em 1994, a Alias produziu cerca de 20 espetáculos, exibidas em umas 400 apresentações em mais de 20 países – na Europa, África, Ásia e América. A companhia de dança conquistou prêmios na Suíça, na Alemanha, na França, na Tchecoslováquia, no Japão e nos Estados Unidos. O último deles foi o Pro Tanz Award de 2009, em Berna.
A turnê da montagem atual, Sideways rain, começou em fevereiro, na Basileia, Suíça. Depois de passar também pela Holanda, Áustria, França, Coreia, Portugal e Hungria, a peça chega à Alemanha. "O Tanz im August é um dos festivais mais importantes da Europa. É muito bom poder estar aqui, acredito que nos abrirá as portas. Também é a primeira vez que dançamos em Berlim, o que significa que seremos conhecidos por um novo público", diz Botelho.
Entre os 16 que compõem o espetáculo, há dançarinos de sete nacionalidades, inclusive a brasileira Alessandra Matana. "Não escolho as pessoas nem pela nacionalidade nem pelo currículo, mas pelo que emanam como bailarinos, pela energia que transmitem no palco", afirma o coreógrafo.
A Alias, que só se apresentou uma vez no Brasil – no Festival de Dança de Joinville, em 2004 – voltará ao país no final de 2011. Os bailarinos do coreógrafo suíço-brasileiro subirão aos palcos paulistanos durante o festival Panorama Sesi de Dança em 7 e 8 de dezembro, com a peça Le poids des éponges (O peso das esponjas), e nos dias 9 e 10 com Sideways rain.
Autora: Luisa Frey 
Revisão: Augusto Valente



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