São Paulo: Quase Memória

André Moretti

escreveu

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“A Digna Companhia de Teatro e Dança” apresenta

Quase-Memória

Espetáculo estreia no dia 05 de maio, na Casa da Gioconda, em São Paulo,

e traz à cena a sublimação em forma de teatro-dança

Escrito por Victor Nóvoa, o espetáculo traz à cena Ana Vitória Bella e Helena Cardoso, atrizes/bailarinas que darão vida a personagens que sublimam a falta ou a perda de algo: de espaço, da vida, de amor. Quatro quadros compõem a peça: “Aquela que contempla”, “Aquela que arranca”, “Aquele que evapora” e “Aquele que recorta”. 

 “Aquela que contempla” traz à cena uma mulher que sublima a aproximação da morte ao observar as plantas de seu jardim.  Em “Aquela que arranca”, uma criança sublima o excesso de zelo dos pais recriando seu mundo atrás de um sofá. Já em “Aquele que evapora”, entra em cena um homem que sublima o peso do cotidiano escrevendo enfurecidamente em seu quarto. Em “Aquele que recorta”, um idoso sublima sua vida monótona e sem surpresas recortando imagens de mulheres que andam nas ruas.

Os quadros não são apresentados na ordem descrita acima, mas sim definidos pelo público presente. Ana Vitória e Helena, vestidas com roupas neutras, começam o espetáculo em cena, recebem o público e apresentam a dinâmica da encenação: será o público quem escolherá a ordem em que as cenas acontecerão e qual das atrizes irá interpretar cada cena.  No centro do espaço de encenação há quatro objetos, cada um simboliza uma história a ser representada. Ao escolher um objeto e com qual atriz quer ver a encenação do quadro, inicia-se o jogo de atuação.

Cada intérprete vivencia à sua maneira o quadro que lhe foi designado. As escolhas do público fazem de cada apresentação de “Quase-Memória” uma combinação única de histórias, pontos de vista e sensações.

Sobre o espetáculo e seu processo de criação:

Resultado de uma pesquisa de dois anos, “Quase Memória” surgiu de um profundo estudo da relação entre corpo e objeto cênico e da poesia em cena. Ana Vitória Bella e Helena Cardoso experimentaram durante esse período os imbricamentos entre corpo e voz; corpo e objeto; dança e teatro; poesia e cotidiano; e os espaços público e cênico.

Sentindo a necessidade de um fio condutor, a “A Digna Companhia de Teatro e Dança” encomendou a Victor Nóvoa uma dramaturgia que contribuísse para a criação. Victor escreveu então “Quase-Memória”, um texto rico em lirismo, aberto a interpretações múltiplas e que abarca todas as prioridades da pesquisa desenvolvida pela companhia.

Envolvidas no processo lúdico de criação, Ana Vitória e Helena desenvolveram um espaço cênico diferenciado, com um ambiente composto pelo amálgama entre as intérpretes, os objetos de cena e os espectadores. Não há distinção entre palco e plateia. Veem-se, espalhados pelo espaço e sobre as cadeiras do público, diversos objetos, de diferentes estilos e épocas (camisola, cadernos, brinquedos antigos, folhas secas, entre outros). Uma vez que cada quadro é encenado em um ponto diferente no espaço, a cena é observada pelo público de pontos de vista diversos.  Na conclusão de cada quadro representado, os objetos que se encontram espalhados pelo espaço, entre o público, são levados à cena e compõem uma última imagem daquele quadro. Ao final do espetáculo, veem-se na penumbra estas últimas imagens – as “quase-memórias” de cada história.

Ao receber os espectadores, as intérpretes usam apenas uma malha neutra. As véstias e os objetos dispostos em cena carregam a carga dramática dos personagens e ao vestir essa as atrizes personificam seus respectivos personagens. Para a criação dos personagens, as intérpretes pesquisaram os procedimentos e métodos de Pina Bausch e Tadashi Suzuki, e os aplicados por Mariana Muniz e Lucia Romano.


FICHA TÉCNICA
Criação e Direção: A Digna Companhia de Teatro e Dança
Intérpretes-Criadoras: Ana Vitória Bella e Helena Cardoso
Dramaturgia: Victor Nóvoa
Programação Visual: Henrique de França
Cenotécnica: Anike Laurita, Daniel Nakamura e Henrique de França
Preparação Vocal e Arranjos: Alexandre de Palma
Edição de Som (Evapora): Tiago Garcia
Locução (Evapora): Victor Nóvoa
Operação de Som e Luz: Renato de Azevedo
Fotos: Ricardo Bassetti

SERVIÇO:

Onde: Casa da Gioconda
Endereço: Rua Conselheiro Carrão, 288 – Bela Vista – São Paulo
Telefone: 55(11) 2589-2009 adignacompanhia@gmail.com
Quando: de 05 a 27 de maio, sábados às 21h e domingos às 20h
Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (estudantes e idosos)
Duração: 50 min      
Recomendação: Livre

IMPRENSA // André Moretti

Contatos
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moretti.moretti@gmail.com

Florianópolis-SC: VENCEDORES DO BAILA DUO 2012

Marcos Reichardt Cardoso

escreveu

VENCEDORES DO VII BAILA DUO –

CONCURSO DE DUPLAS DE DANÇA DE SALÃO

 

     Fernanda Silva e Ricardo Koscialkowski, representando Florianópolis, venceram o VII Baila Duo – Concurso de Duplas de Dança de Salão, realizado ontem (01/05) à noite, no grande salão panorâmico do Majestic Palace Hotel. A disputa programada dentro da XI Mostra de Dança de Salão de Florianópolis – Baila Floripa 2012 ocorreu antes da festa de encerramento do evento, que desde sábado (28/04) reuniu centenas de participantes para uma agenda de workshops, espetáculos em teatro e bailes. Cerca de 400 pessoas assistiram à apresentação de sete casais concorrentes: um de Curitiba, um de Florianópolis e cinco de São Paulo.

     O campeonato, coordenado por Marlon Marian, foi dividido em duas baterias eliminatórias. A primeira iniciou às 22h10, com quatro duplas, e a segunda às 22h30, com as outras três. Os dançarinos foram avaliados em uma sequência de ritmos sorteada na hora pelos organizadores:zouk, tango, salsa, bolero e samba. Os jurados observaram os quesitos criatividade, harmonia do casal, expressão corporal, figurino, técnica, musicalidade e deslocamento pelo salão, durante dois minutos em cada ritmo. O som ficou a cargo do DJ Daniel Pozzobon.

     Cinco casais retornaram ao salão, às 23h10, para a etapa final, obedecendo à mesma ordem de músicas. A comissão julgadora foi composta pelos bailarinos e professores Alini Lima, de São Paulo; Cristovão Christianis, de Porto Alegre; Bianca Gonzalez, do Rio de Janeiro; e Alexandre Melo, ex-presidente da Associação Catarinense de Dança de Salão (Acads). Às 23h45, Aline Menezes e Guilherme Abilhôa, atuais presidente e vice-presidente da Acads, anunciaram os campeões: Fernanda Silva e Ricardo Koscialkowski, de Florianópolis, em primeiro (nota 9,12); Carolina Parpinelli e Edgar Fernandes, de São Paulo, em segundo (nota 9,11); Melina Passarelli e Matheus Barros, de São Paulo, em terceiro (nota 9,03).

     Como premiação, os vencedores receberam R$ 2.000,00, pacote completo para o Baila Floripa 2013 e inscrição automática na mostra oficial do ano que vem. Os vice-campeões ganharam um pacote completo com hospedagem e alimentação para o Baila Costão 2012. E a terceira dupla classificada levou um pacote completo para o Baila Floripa 2013. O 6° Baila Costão será de 26 a 29 de julho, no Costão do Santinho Resort & Spa, na praia do Santinho, extremo Norte da Ilha de Santa Catarina.

 

Concorrentes

*Fernanda Silva e Ricardo Koscialkowski (Florianópolis) – 1º lugar

*Carolina Parpinelli e Edgar Fernandes (São Paulo) – 2º lugar

*Melina Passarelli e Matheus Barros (São Paulo) – 3º lugar

*Amanda Pereira e Bruno Batata (São Paulo) – finalista

*Natália Bertolo e Deividi Pinheiro (São Paulo) – finalista

*Andressa Malerba e Daniel Lessa (São Paulo)

*Fernanda Dubiel e Emmanuel Keiber (Curitiba)

 

Os campeões

     Fernanda Silva, florianopolitana de 23 anos, eventualmente observava sua mãe nas aulas de dança de salão, quando ainda era adolescente. Mas não foi este o principal motivo que a fez ingressar na arte, pois a vontade de dançar era inata. “Eu sempre quis, mas nunca dava”, diz ela sobre a dificuldade de conciliar as atividades. Depois de uma passagem pelo jazz, ingressou em 2003 no curso de dança de salão de Kleber Ramos, ministrado no Paula Ramos Esporte Clube. No ano seguinte, continuou o aprendizado na antiga Oficina da Dança e, em 2005, no Paço da Dança, onde também atuou como integrante da companhia do professor Marcelo Leal.

     Em 2007, dançou na Cia. Nando Berto e, no fim do mesmo ano, partiu para um intercâmbio em Miami, onde teve intenso contato com a salsa. Ao retornar à Capital catarinense, em 2008, decidiu aperfeiçoar-se por conta própria. Com o colega Edgar Fernandes (hoje, radicado em São Paulo), passou a estudar a dança caribenha. Já no fim de 2009, o foco dos estudos moveu-se em direção ao tango, sendo aluna de Gabriel Ferreira. Estes dois ritmos a levaram outra vez para o exterior: entre 2010 e 2011, trabalhou na organização dos congressos internacionais de salsa, em Berlim, e de tango em Mantova, na Itália. Conferiu os passos portenhos em Buenos Aires e morou em Paris, convivendo com bailarinos de diversos gêneros de dança.

     Ricardo Koscialkowski, também 23 anos, nasceu em São Paulo e mudou-se aos seis com a família para Florianópolis. Na chegada à Ilha, seus pais procuraram aprender danças gaúchas tradicionalistas, enquanto a irmã mais velha optou pelos conhecidos ritmos de salão. Aos 10 anos, participou de uma coreografia de dança de salão do professor Edson Nunes (atualmente, estabelecido em Porto Alegre), apresentada em teatro, asilos e outros locais da cidade. “Minha história já foi direto com o palco, eu gosto é do palco”, conta ele.

     Em 2004, teve aulas por seis meses na extinta Casa de Dança Luiz e Laura. Retomou a atividade somente depois de dois anos, no Centro Cultural Kirinus (atual Cenarium Escola de Dança), tendo atuado em três de seus espetáculos. Em 2009, competiu no Ritmo a Dois, durante o Festival de Dança de Joinville, vencendo nas modalidades salsa e samba. Ainda naquele ano, sabendo que o diretor da Mimulus Cia. de Dança, Jomar Mesquita, de Belo Horizonte, estaria na comissão julgadora do Baila Duo, inscreveu-se no concurso apenas com o intuito de mostrar sua performance a ele. Deu certo. No ano seguinte, foi convidado para uma audição em Minas Gerais. Ricardo faz parte da companhia até hoje, apresentando-se por todo o País e no exterior.

 

Triunfo do acaso

     A vitória da dupla no Baila Duo 2012 surpreendeu a eles próprios até pela casualidade com que a parceria se firmou. Desde que se conheceram, há cerca de cinco anos, foram raras as vezes que se encontraram. Mas, nas poucas oportunidades que tiveram para dançar juntos em Florianópolis, já havia uma afinidade percebida. “Eu não pensava em outra pessoa, a gente já tinha uma intenção em participar. Aí falei: vamos competir no Baila”, lembra Fernanda.

     Sem se verem há mais de dois anos, ele aceitou o desafio, porém sem pretensões: “eu quero é me divertir”. Ricardo estava em Curitiba, participando da Bienal da Dança, e a preparação se resumiu a duas horas de ensaio no dia anterior. Até o figurino coincidiu: a camiseta que ele trouxe para se apresentar na mostra oficial do Baila Floripa era da mesma cor do vestido que ela usaria na noite do concurso.

     Ricardo agora segue com a Mimulus, baseado em Belo Horizonte, e Fernanda permanece em Florianópolis, onde ensina dança de salão em um projeto aberto à comunidade no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além de dar aulas particulares de inglês e francês. Ela ainda é acadêmica dos cursos de geografia na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e de administração no Centro Universitário Municipal de São José (USJ).

São Paulo: Quinta com Show no GOLDEN NIGHTS

Moacir Castilho

moacircastilho.eventos@yahoo.com.br

escreveu

Tango Show 

Wagner Ferreira & Ellen Garcia

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