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DANÇA / ÚNICAS APRESENTAÇÕES / GRÁTIS
DE 16 A 20 DE ABRIL (QUARTA A DOMINGO), A BAILARINA E COREÓGRAFA CARMEN GOMIDE APRESENTA O ESPETÁCULO DE DANÇA CONTEMPORÂNEA CORPO ERÓTICO, INSPIRADO NO TRABALHO DO ARTISTA PLÁSTICO BRITÂNICO LUCIAN FREUD, NO TEATRO JOÃO CAETANO
Investigando o papel do erotismo nas relações humanas, suas implicações e a complexidade que este assunto revela, Corpo Erótico foi contemplado com o 3º edital de Fomento à dança para o Município de São Paulo, que também promoverá o S.A.D.E - Seminários Avançados de Dança e Erotismo - até setembro, na Galeria Olido. Após o espetáculo do dia 20/04, haverá um bate-papo com Eliane Robert Moraes, pesquisadora das relações entre literatura e erotismo e professora de Estética e Literatura na PUC SP.
Dirigido por Mariana Muniz,Corpo Erótico tem música original composta pelo maestro Lívio Tratenberg. As intervenções em vídeo assinadas por Willand Pinsdorf costuram imagens que seguem a pesquisa e interpretação realizadas por Carmen Gomide.
Contemplado com o 3º edital de Fomento à dança para o Município de São Paulo, o olhar artístico de Lucian Freud, que trabalha o erotismo de uma forma incomum, trazendo mais dados da realidade e não mascarando ou interpretando o erotismo através de maneiras apenas estéticas, foi o ponto de partida para a criação do solo "Corpo Erótico". O artista britânico é considerado o grande retratista pós-moderno, herdeiro da tradição iconoclasta do Renascimento. Sua pintura reflete a figura humana e sua essência: o corpo nu, despojado, solitário, do nascimento à morte. Seu extremo realismo agrada e repele, intriga e incomoda. A ele se somaram as reflexões do escritor e filósofo francês Georges Bataille, no qual a pesquisa encontrou a conexão entre tempo e erotismo. Na ótica de Bataille, a Revolução Industrial obrigou o ser humano a imprimir a si próprio um ritmo semelhante ao de uma máquina, abdicando do tempo para celebrar a vida. Segundo ele, o tempo erótico não tem pressa, precisa de um espaço dilatado, situado em outra dimensão. É como um mergulho existencial.
Num momento em que múltiplos são os diagnósticos da finitude ou desaparição do traço do humano, Freud celebra na pintura a imanência da vida e a dádiva da nossa fragilidade, exprimindo essa liberdade soberana de uma obra em plena maturidade, cuja marca perdurará incontornavelmente na pintura de um tempo que é o nosso. Para os gregos, Eros era representado pelo Demônio, no sentido de Daimon - ou seja, um ser divino, semelhante aos Deuses, um espírito que vive entre os Deuses e os mortais. Sua missão era comunicar e unir os seres vivos.
Para Carmen Gomide, no mundo moderno, parece não haver mais espaço para o Erotismo, que aparenta pertencer a um outro estado de tempo, um tempo dilatado, situado em outra dimensão, como um mergulho existencial. O Erotismo foi substituído por uma pornografia que lida com imagens explícitas e que imprime rapidez na sexualidade e nos relacionamentos entre as pessoas. O tempo erótico, ao contrário, não tem pressa, está entregue a uma busca que é da celebração do prazer puro e simples.
Como parte integrante do projeto Corpo Erótico, será realizado o S.A.D.E - ciclo gratuito de oficinas de dança contemporânea, iluminação cênica, criação sonora, políticas do corpo e teoria geral dos sistemas.
As oficinas serão realizadas até setembro de 2008, na Galeria Olido (sala de ensaio), às terças e quintas-feiras, a partir das 17:30hs. As aulas técnicas de luz e som terão 04 horas de duração, as demais duas horas. São 40 vagas e as inscrições podem ser feitas com José Renato, pelo e-mail joserfda@yahoo.com.br
Dirigido por Mariana Muniz,Corpo Erótico tem música original composta pelo maestro Lívio Tratenberg. As intervenções em vídeo assinadas por Willand Pinsdorf costuram imagens que seguem a pesquisa e interpretação realizadas por Carmen Gomide.
Contemplado com o 3º edital de Fomento à dança para o Município de São Paulo, o olhar artístico de Lucian Freud, que trabalha o erotismo de uma forma incomum, trazendo mais dados da realidade e não mascarando ou interpretando o erotismo através de maneiras apenas estéticas, foi o ponto de partida para a criação do solo "Corpo Erótico". O artista britânico é considerado o grande retratista pós-moderno, herdeiro da tradição iconoclasta do Renascimento. Sua pintura reflete a figura humana e sua essência: o corpo nu, despojado, solitário, do nascimento à morte. Seu extremo realismo agrada e repele, intriga e incomoda. A ele se somaram as reflexões do escritor e filósofo francês Georges Bataille, no qual a pesquisa encontrou a conexão entre tempo e erotismo. Na ótica de Bataille, a Revolução Industrial obrigou o ser humano a imprimir a si próprio um ritmo semelhante ao de uma máquina, abdicando do tempo para celebrar a vida. Segundo ele, o tempo erótico não tem pressa, precisa de um espaço dilatado, situado em outra dimensão. É como um mergulho existencial.
Num momento em que múltiplos são os diagnósticos da finitude ou desaparição do traço do humano, Freud celebra na pintura a imanência da vida e a dádiva da nossa fragilidade, exprimindo essa liberdade soberana de uma obra em plena maturidade, cuja marca perdurará incontornavelmente na pintura de um tempo que é o nosso. Para os gregos, Eros era representado pelo Demônio, no sentido de Daimon - ou seja, um ser divino, semelhante aos Deuses, um espírito que vive entre os Deuses e os mortais. Sua missão era comunicar e unir os seres vivos.
Para Carmen Gomide, no mundo moderno, parece não haver mais espaço para o Erotismo, que aparenta pertencer a um outro estado de tempo, um tempo dilatado, situado em outra dimensão, como um mergulho existencial. O Erotismo foi substituído por uma pornografia que lida com imagens explícitas e que imprime rapidez na sexualidade e nos relacionamentos entre as pessoas. O tempo erótico, ao contrário, não tem pressa, está entregue a uma busca que é da celebração do prazer puro e simples.
Como parte integrante do projeto Corpo Erótico, será realizado o S.A.D.E - ciclo gratuito de oficinas de dança contemporânea, iluminação cênica, criação sonora, políticas do corpo e teoria geral dos sistemas.
As oficinas serão realizadas até setembro de 2008, na Galeria Olido (sala de ensaio), às terças e quintas-feiras, a partir das 17:30hs. As aulas técnicas de luz e som terão 04 horas de duração, as demais duas horas. São 40 vagas e as inscrições podem ser feitas com José Renato, pelo e-mail joserfda@yahoo.com.br
CURSOS
DANÇA E CONSCIÊNCIA - Carmen Gomide
Curso com o intuito de dar noções básicas de entendimento da sistematização do corpo, estimulando a capacidade criativa de cada um a partir de exercícios que seguem uma grade de aprendizado que aproveita aquilo que cada um já traz como processo de aprendizado de outras áreas em que já tenham tido contato, estimulando que cada um apresente uma pequena célula criada a partir das aulas e dos estímulos, e da apreensão dos conteúdos teóricos e práticos.
DANÇA E CONSCIÊNCIA - Carmen Gomide
Curso com o intuito de dar noções básicas de entendimento da sistematização do corpo, estimulando a capacidade criativa de cada um a partir de exercícios que seguem uma grade de aprendizado que aproveita aquilo que cada um já traz como processo de aprendizado de outras áreas em que já tenham tido contato, estimulando que cada um apresente uma pequena célula criada a partir das aulas e dos estímulos, e da apreensão dos conteúdos teóricos e práticos.
INTRODUÇÃO A ILUMINAÇÃO CÊNICA - André Boll
Curso teórico-prático que aborda noções básicas de iluminação cênica. Através da familiaridade com equipamentos e da sensibilização do olhar para a linguagem cênica, objetiva desenvolver aptidões técnicas e criativas necessárias ao processo de concepção e montagem da luz de um espetáculo.
Curso teórico-prático que aborda noções básicas de iluminação cênica. Através da familiaridade com equipamentos e da sensibilização do olhar para a linguagem cênica, objetiva desenvolver aptidões técnicas e criativas necessárias ao processo de concepção e montagem da luz de um espetáculo.
OFICINA CRIAÇÃO SONORA PARA DANÇA - Lívio Tragtenberg
Serão trabalhos os elementos que compõem a relação entre as sonoridades, o movimentos e suas simbologias. Ferramentas de concepção e execução da criação de trilha sonora para a dança.
Serão trabalhos os elementos que compõem a relação entre as sonoridades, o movimentos e suas simbologias. Ferramentas de concepção e execução da criação de trilha sonora para a dança.
ARTE E CIÊNCIA - Jorge de Albuquerque Vieira
A proposta deste curso é discutir a natureza da Arte e da Ciência como formas de conhecimento. As questões fundamentais serão direcionadas segundo uma ótica realista e crítica. Aspectos ontológicos e metodológicos serão desenvolvidos na tentativa de mostrar a conexão entre as duas formas de conhecimento e a inserção, neste esquema, do problema da complexidade.
A proposta deste curso é discutir a natureza da Arte e da Ciência como formas de conhecimento. As questões fundamentais serão direcionadas segundo uma ótica realista e crítica. Aspectos ontológicos e metodológicos serão desenvolvidos na tentativa de mostrar a conexão entre as duas formas de conhecimento e a inserção, neste esquema, do problema da complexidade.
CORPO E PODER - José Renato F. Almeida
Trabalhar a conceituação filosófica dada pelo filósofo francês Michel Foucault para as relações entre corpo e poder e seus desdobramentos nos discursos sobre a sexualidade e a apropriação das potências da vida pelo biopoder.
Trabalhar a conceituação filosófica dada pelo filósofo francês Michel Foucault para as relações entre corpo e poder e seus desdobramentos nos discursos sobre a sexualidade e a apropriação das potências da vida pelo biopoder.
CARMEN GOMIDE - CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO
Bailarina, coreógrafa e pesquisadora em dança contemporânea e performance art. Bacharel em Comunicação e Artes do Corpo pela PUC de São Paulo. Estudou como bolsista no Joffrey ballet em Nova Iorque. Atuou profissionalmente como bailarina do Balé da Cidade de São Paulo de 1988 a 1990; Balé Opera Paulista de 1991 a 1993; Parsifal ,obra do diretor Jorge Takla e Aulis, com direção de Celso Fratesqui e Elias Andreato.Trabalha como produtora, coreógrafa e pesquisadora desde 1992, sendo autora das obras: Terra Estranha, La Danaide, Corpo Jubiloso: Carne Selvagem, Adiamento, entre outras. Como coreógrafa participou do projeto O Feminino na dança, no Centro Cultural São Paulo, como convidada das Bienais do Sesc Santos de 2000 e 2002, de projetos de fomento à dança em parceria com a Cultura Inglesa, Instituto Goethe, Cooperativa Paulista dos Bailarinos Coreógrafos e Festival de Inverno de Ouro Preto . Em 2001, ganhou o Prêmio Encena Brasil, da Funarte, pelo projeto 8 Dogmas Novas Dobras, juntamente com o núcleo Tandanz, com a coreografia Adiamento,sob a direção de Renato Cohen. Em 2003, concluiu a Graduação em Comunicação e Artes do Corpo com o projeto teórico e de criação cênica, Para Faca, Relógio e Bala, sobre o poema Uma Faca só Lâmina, de João Cabral de Melo Neto. Em 2006, fundou a Cooperativa Paulista de Dança (www.coopdanca.com.br), juntamente com 20 profissionais da dança. Estreou (Re)volta em setembro de 2006, trabalho de pesquisa em dança e performance, sob a direção da atriz e coreógrafa Mariana Muniz, na Galeria Olido em SP e recebeu os prêmios Klauss Vianna e Caravana Funarte Petrobrás de Circulação Nacional, ambos pela Funarte. Além disto, foi agraciada com o prêmio para criação de espetáculo novo pelo 11o Festival Cultura Inglesa, Corpo Erótico, apresentado em maio de 2007. Também em 2007, foi convidada pelo Sesc São Paulo para participar da mesa redonda Territórios de Organização e Fomento à Dança, projeto que visa abrir espaço para a apreciação e para o debate da dança contemporânea. Também foi premiada pela 3º edital do Fomento à dança pelo Município de São Paulo e, em 2008, foi convidada a ser membro da Unesco.
Bailarina, coreógrafa e pesquisadora em dança contemporânea e performance art. Bacharel em Comunicação e Artes do Corpo pela PUC de São Paulo. Estudou como bolsista no Joffrey ballet em Nova Iorque. Atuou profissionalmente como bailarina do Balé da Cidade de São Paulo de 1988 a 1990; Balé Opera Paulista de 1991 a 1993; Parsifal ,obra do diretor Jorge Takla e Aulis, com direção de Celso Fratesqui e Elias Andreato.Trabalha como produtora, coreógrafa e pesquisadora desde 1992, sendo autora das obras: Terra Estranha, La Danaide, Corpo Jubiloso: Carne Selvagem, Adiamento, entre outras. Como coreógrafa participou do projeto O Feminino na dança, no Centro Cultural São Paulo, como convidada das Bienais do Sesc Santos de 2000 e 2002, de projetos de fomento à dança em parceria com a Cultura Inglesa, Instituto Goethe, Cooperativa Paulista dos Bailarinos Coreógrafos e Festival de Inverno de Ouro Preto . Em 2001, ganhou o Prêmio Encena Brasil, da Funarte, pelo projeto 8 Dogmas Novas Dobras, juntamente com o núcleo Tandanz, com a coreografia Adiamento,sob a direção de Renato Cohen. Em 2003, concluiu a Graduação em Comunicação e Artes do Corpo com o projeto teórico e de criação cênica, Para Faca, Relógio e Bala, sobre o poema Uma Faca só Lâmina, de João Cabral de Melo Neto. Em 2006, fundou a Cooperativa Paulista de Dança (www.coopdanca.com.br), juntamente com 20 profissionais da dança. Estreou (Re)volta em setembro de 2006, trabalho de pesquisa em dança e performance, sob a direção da atriz e coreógrafa Mariana Muniz, na Galeria Olido em SP e recebeu os prêmios Klauss Vianna e Caravana Funarte Petrobrás de Circulação Nacional, ambos pela Funarte. Além disto, foi agraciada com o prêmio para criação de espetáculo novo pelo 11o Festival Cultura Inglesa, Corpo Erótico, apresentado em maio de 2007. Também em 2007, foi convidada pelo Sesc São Paulo para participar da mesa redonda Territórios de Organização e Fomento à Dança, projeto que visa abrir espaço para a apreciação e para o debate da dança contemporânea. Também foi premiada pela 3º edital do Fomento à dança pelo Município de São Paulo e, em 2008, foi convidada a ser membro da Unesco.
ELIANE ROBERT MORAES
Pesquisadora das relações entre literatura e erotismo, é professora de Estética e Literatura na PUC-SP e no Centro Universitário Senac-SP. Autora de diversos ensaios sobre o imaginário erótico nas artes e na literatura, assina a tradução da História do Olho de Georges Bataille (Cosac & Naify, 2003). Publicou, dentre outros, os livros: Sade - A felicidade libertina (Imago, 1994), O Corpo impossível - A decomposição da figura humana, de Lautréamont a Bataille (Iluminuras/Fapesp, 2002), além de Lições de Sade - Ensaios sobre a imaginação libertina (Iluminuras, 2006)
Pesquisadora das relações entre literatura e erotismo, é professora de Estética e Literatura na PUC-SP e no Centro Universitário Senac-SP. Autora de diversos ensaios sobre o imaginário erótico nas artes e na literatura, assina a tradução da História do Olho de Georges Bataille (Cosac & Naify, 2003). Publicou, dentre outros, os livros: Sade - A felicidade libertina (Imago, 1994), O Corpo impossível - A decomposição da figura humana, de Lautréamont a Bataille (Iluminuras/Fapesp, 2002), além de Lições de Sade - Ensaios sobre a imaginação libertina (Iluminuras, 2006)
CORPO ERÓTICO - De 16 a 20 de abril (quarta a domingo) - GRÁTIS
Quarta a Sábado, 21h / Domingo: 19h / Censura: livre
Domingo - 20 de abril - após o espetáculo, haverá bate-papo com Eliane Robert Moraes
TEATRO JOÃO CAETANO: Rua Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, Fone: 5573-3774
Quarta a Sábado, 21h / Domingo: 19h / Censura: livre
Domingo - 20 de abril - após o espetáculo, haverá bate-papo com Eliane Robert Moraes
TEATRO JOÃO CAETANO: Rua Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, Fone: 5573-3774
Assessoria de Imprensa: Marra Assessoria de Comunicação Ltda.
Fone: (11) 3258-4780 Renata Zulli: zulli@paulomarra.com.br / Paulo Marra: marra@paulomarra.com.br
Site: www.paulomarra.com.br
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