quarta-feira, 15 de abril de 2009

Belo Horizonte-MG: Continue reto, sempre em linha reta! E vai com Deus...


 Dança Brasil
  escreveu


GRUPO CAMALEÃO LANÇA NOVO ESPETÁCULO


De dentro da boléia ou de um refrão de Dylan, cruzando as estradas fundamentais do homem enquanto veículo de trânsito, companhia mineira dá um passo a mais com a estréia de “Continue reto, sempre em linha reta! E vai com Deus...” nos próximos dias 15 e 16 de abril

Quatro bailarinos que decidiram se perder em viagens desconhecidas pelo interior do país. Um coreógrafo que foi buscar referência no movimento beatnik, nas auto-estradas e no encontro nacional de caminhoneiros. Uma companhia de dança que, nos últimos anos, deixou-se à aventura da criação compartilhada e colaborativa. São os que chegam de viagem, nos próximos dias 15 e 16 de abril, quarta e quinta-feira, com a estréia do espetáculo “Continue reto, sempre em linha reta! E vai com Deus...”, no Teatro Sesiminas, em Belo Horizonte. O Camaleão Grupo de Dança –vencedor do último prêmio Sesc Sated Minas Gerais nas categorias melhor espetáculo e melhor direção com “Tá Passando...”– traz agora na bagagem, com coreografia de Tuca Pinheiro, o resultado de uma pesquisa investigativa sobre o homem e seus caminhos, encontros e desencontros no trajeto, chegadas e partidas. O espetáculo começa às 21h e os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). O novo trabalho teve o patrocínio da Usiminas e Arcelor Mittal, através da Lei Estadual de Incentivo a Cultura .

CONTINUE RETO, SEMPRE EM LINHA RETA! E VAI COM DEUS...
Difícil encontrar, na atmosfera dos sentimentos de liberdade e procura condensados pela cultura beatnik e hippie dos anos 50 e 60, uma pergunta mais suficiente que a de Bob Dylan no hino Blowin’ in The Wind: “Quantas estradas precisará um homem atravessar, antes que possam chamá-lo de homem?”. A resposta, soprada aos ventos de diferentes gerações e períodos da humanidade, despertou o interesse do Grupo Camaleão de Dança e do coreógrafo mineiro Tuca Pinheiro, imbuídos da criação de um espetáculo que considerasse, como mote de investigação, o homem e suas inquietações no espaço, rompendo fronteiras, movendo, deslocando, abrindo caminhos, indo ao encontro de seu destino, perdendo-o, assumindo-se como móvel e perpétuo andarilho.

Partindo da vasta consonância de referências que alinham Miguel de Cervantes e seu cavaleiro errante da Triste Figura; Jack Kerouac e as aventuras na Rota 66 que deram origem à obra “On the Road”; Christopher McCandless e suas peregrinações documentadas em “Na Natureza Selvagem”; David Lynch, Cao Guimarães e outros artistas que correram o olhar sobre viagens e estradas, chegou-se também ao universo de profetas e líderes reais ou fictícios, missionários, lunáticos e tantos outros nômades, desbravadores de si mesmo, que constituem este arquétipo.

CAMINHOS E CAMINHONEIROS DO BRASIL
Investindo na participação dos bailarinos-criadores Tiça Pinheiro, Lívia Espírito Santo, Rouglas Fernandes e Pedro Romero, o grupo encontrou no Brasil e em suas estradas um objeto possível de investigação. Cada um deles aceitou o desafio de viajar pelo interior do país, sem roteiro prévio, para uma cidade que nunca tinha ouvido falar, valendo-se de caronas, informações de desconhecidos e novas descobertas. O coreógrafo também buscou suas pistas no Encontro Nacional de Caminhoneiros, às margens da Via Dutra, em São Paulo, uma das mais movimentadas rodovias brasileiras.

A dificuldade do desapego, a experiência do contato com personagens efêmeros, redes de relacionamento e cidadania em trânsito, além de realidades de risco, como a dos excessos de velocidade ou da prostituição na beira das estradas, dotou a criação de uma particularidade necessária ao fim desse trajeto. Segundo a diretora geral do espetáculo e do grupo Camaleão, Marjorie Quast: “É importante dizer com o movimento da dança, a função desta pesquisa e experimentação que fizemos. O principal elemento do trabalho foi a criação coletiva, da qual já tínhamos nos aproximado no último espetáculo e que agora foi bastante aprofundada. Esperamos transmitir isso tudo ao público”.

FICHA TÉCNICA
Direção Geral: Marjorie Quast
Direção Coreográfica: Tuca Pinheiro
Coreografia: Tuca Pinheiro e Grupo Camaleão
Assistente de Direção: Inês Amaral
Intérpretes Criadores: Tiça Pinheiro
Lívia Espírito Santo
Rouglas Fernandes
Pedro Romero
Coordenação Técnica: Bruno Rodrigues

Projeto de Luz: Telma Fernandes
Operação de Luz: Cristiano Medeiros
Figurinos: Ananda Sette – Botões
Cenário e Adereços: Grupo Camaleão
Pesquisa da Trilha Sonora: Tuca Pinheiro
Edição da Trilha Sonora: Kiko Klaus
Projeto Gráfico: Nós 2
Imagens: ICOM Produções
Fotografia: Marisa Noronha
Assessoria de Imprensa: Fumaça Corp.
Produção Executiva: Jacqueline Castro
Produção: Camaleão Grupo de Dança

CAMALEÃO GRUPO DE DANÇA
Fundado em 1984, o Camaleão Grupo de Dança apresenta um trabalho coeso, sempre fiel ao objetivo de divulgar a dança com qualidade, ampliar o trabalho de pesquisa e desenvolver uma linguagem própria na arte contemporânea, sendo hoje uma das companhias mais representativas do país. Criado pela sua atual diretora e professora Marjorie Quast, o Camaleão tem, em seu repertório, 10 montagens, com obras de destacados coreógrafos e trilhas sonoras originais. Como diz o nome, o grupo se transforma, muda cor e brilho, multiplica gestos, levando a dança de forma expressiva e grandiosa por todo Brasil.

Entre os prêmios recebidos em mais de duas décadas estão o do Festival de Dança de Joinville para melhor espetáculo (1992) e melhor coreografia (1991, 1992, 1994 e 2000); IV Festival de Dança do Mercosul para melhor coreografia, conjunto e duo contemporâneo (1999); Festival do Conselho Brasileiro de Dança para melhor coreografia e duo contemporâneo (2000 e 2001); 7° Prêmio Bonsucesso AMPARC para melhor figurino, bailarino e bailarina revelação (2002); Prêmio Usiminas/Sinparc para melhor espetáculo e direção (2007) e prêmio Sesc Sated Minas Gerais para melhor espetáculo (2002 e 2008) e melhor direção (2008).

Repertório
2006- “Ta Passando” - Coreografia: Jorge Garcia
2005- “Zonas de Transição” - Coreografia: Adriana Banana
2005- “Quatro” - Coreografia: Mário Nascimento
2003- “Olhe Bem...” - Coreografia: Mário Nascimento e Tindaro Silvano
2002- “Telas” - Coreografias: Luis Arrieta, Tindaro Silvano e Mario Nascimento
2001- “Aparecida” - Concepção e Coreografia: Luis Arrieta
1994- “Telas” - Coreografias: Carlota Portela, Luis Arrieta, Stephanie Quast ,Tindaro
1990- “Brasil”- Coreografias: Carlota Portela, Luís Arrieta, Holly Cavrell, Paulo Buarque
1986- “Encontro no Espaço” - Concepção e coreografias: Luís Arrieta
1985- “Diadorim” - Coreografia: Jairo Sette
1984- “Terra” - Coreógrafo: Freddy Romero, Jairo Sette, Marcelo Moacir

SUGESTÕES DE ENTREVISTAS
Tuca Pinheiro – Coreógrafo / Marjorie Quast – Diretora do Camaleão Grupo de Dança

SERVIÇO:
Estréia do espetáculo: “Continue reto, sempre em linha reta! E vai com Deus...”
Grupo Camaleão de Dança
Data: 15 e 16 de abril, quarta e quinta-feira
Horário: 21h
Local: Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia)
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)
Informações: (31) 3281.9477 / 3281.9558

ENTREVISTAS E OUTRAS INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:
Fumaça Corp. – Jornalismo e Assessoria de Comunicação
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