sexta-feira, 28 de agosto de 2009

São Paulo: 2ª MOSTRA D(r)AMAS DA MEIA-NOITE e HOTEL LAUTRÉAMONT


ciacorposnomades 
ciacorposnomades@uol.com.br  
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CIA. CORPOS NÔMADES organiza a
2ª MOSTRA D(r)AMAS DA MEIA-NOITE

Acontece nos dias 28 e 29 de agosto de 2009, a 2ª Mostra D(r)amas da Meia Noite, evento destinado a intérpretes femininas da dança e do teatro e que tem como proposta mostrar as diferentes investigações cênicas desenvolvidas por intérpretes/criadoras contemporâneas. 
 
De um total de quase 50 inscritos nessa segunda edição do evento, o Cia. Corpos Nômades selecionou seis coreografias para integrarem a programação do evento. Três delas serão apresentadas na primeira semana e outras três na segunda, sempre sextas e sábados à meia-noite.

Essa edição da 2ª Mostra D(r)amas da Meia Noite conta, ainda, com a novidade do Tea Time, no sábado 29 de agosto, às 16 horas. O Tea Time (Hora do Chá) do D(r)amas da Meia-Noite consiste em um bate papo com as intérpretes da noite precedido por uma performance gratuita da Cia. Aberta, com o espetáculo performance Sapatos Cegos.

Programação:

2ª semana
28 e 29 de agosto, sexta e sábado às 24h, 12 anos (acompanhado dos pais), 100 minutos

Faune (2007)
Interpretação: Toshiko Oiwa
A sensualidade espiritual de Nijinsky foi a inspiração para a concepção coreográfica desta partitura coloridamente orquestrada de Debussy. A paixão da criadora pelas obras do Ballet Russe começa a se concretizar quando Miki Wakamatsu encomenda este solo para fazer sua estréia no Saitama Arts Theater, Japão em março de 2008. 

Ficha Técnica:
Coreografia e Iluminação: Toshiko Oiwa Música: Prélude à l’après-midi d’un faune de Claude Debussy, 1894 Figurino: Maki Arie e Urara Sakurai Vídeo: Alex Soares
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Desdobramentos (2009) 
Gícia Amorim 
Desdobramentos estabelece um diálogo com os conceitos do escultor Henry Moore, onde o corpo constrói uma relação espacial em que a exploração do vazio, da cavidade, ganha a mesma importância que o volume na criação da forma tridimensional. O espaço interior entre as partes do corpo se torna uma maneira de desdobrar a figura humana, alterando a sua simetria, porém sem enfraquecer a percepção material deste corpo. Contudo, de acordo com o conceito de Henry Moore de respeitar o caráter particular de cada material, é explorado tanto a dureza como a maleabilidade da forma humana. Uma procura de solidez e concentração do que deve resistir e ao mesmo tempo ceder à força da gravidade.  
Coreografia produzida e criada especialmente para o 13º Cultura Inglesa Festival.

Ficha técnica:
Concepção, coreografia e interpretação: Gícia Amorim Cenografia: Suiá Burger Ferlauto Execução dos objetos de cena: Sandro Roberto Criação musical e interpretação: Aguinaldo Bueno Projeto de luz: André Boll Figurino: Walter Rodrigues Fotografia: Arnaldo J.G. Torres Produção Executiva: Dora Leão – PLATÔproduções

Primeiro Era Depois (2007)
Pequena Cia. de Dança / Intérpretes criadoras: Joana Ferraz e Juliana Ferreira.
Partimos da suposição de que o corpo que experimenta a memória não é  mais o que viveu o acontecimento, de que a memória seria uma idealização do passado. E se você se deparasse com o mundo das memórias, das versões de você mesmo e de acontecidos criados por ninguém menos que você? Esse mundo não linear, onde as informações se atravessam incoerentemente? O encontro destas questões com o trabalho da fotógrafa Chantal Michel surge um corpo que, preso em uma rede de memórias, busca incansavelmente se repetir com o intuito de poder, assim, viver novamente acontecimentos passados. Uma mulher duplicada habitando um ambiente de réplicas, que vai sendo transformado com o desejo de recuperar fielmente uma memória, e quanto mais se pretende alcançar esta imagem, mais distante ela se torna.
Ficha Técnica:
Criação e interpretação: Pequena Cia. - Joana Ferraz e Juliana Ferreira Iluminação: Luz López Trilha Sonora: Felipe Ribeiro Figurino e espaço cênico: Pequena Cia. 

Tea Time – Hora do Chá, dia 29 de agosto, 16h, entrada franca.
Bate-papo com as participantes dessa edição sobre os modos e maneiras de criação. Na abertura do Tea Time haverá a performance de Sapatos Cegos, da Cia. Aberta de Dança.

Ficha Técnica
O LUGAR – CIA. CORPOS NÔMADES
Direção Artística: João Andreazzi

Produção e coordenação: Ricardo Silva e Tiago Teles
Acompanhamento: Bruna Dias, Isabella Franscechi e Tais Magnani.
Divulgação: Canal Aberto
Designer gráfico: Rafael Benthien

O LUGAR - CIA. CORPOS NÔMADES
Rua Augusta, 325 São Paulo – SP / Telefone informações e reservas: 011-32373224 / E-mail:ciacorposnômades@gmail.com / Ingressos: R$15,00 e R$7,50 / Estacionamento convênio com Ueda Park - Rua Augusta, 108.


HOTEL LAUTRÉAMONT
OS BRUSCOS BURACOS DO SILÊNCIO




Retorno - Temporada  aos sábados - 21h00 e aos domingos 20h30.

Com novas cenas!

  Espetáculo contemplado  no 4º Programa Municipal de Fomento à Dança de São Paulo. 

João Andreazzi e a Cia. Corpos Nômades se inspiraram na obra de Isidore Ducasse, que adotou o pseudônimo de Conde de Lautréamont para escrever Os Cantos de Maldoror (escrito entre 1868 e 1869). Nascido no Uruguai, o autor morreu misteriosamente em 1870, desconhecido, aos 24 anos, em Paris.

A corporeidade e a vocalidade da Cia. Corpos Nômades prestam-se para alargar o conceito de coreodramaturgrafia; a coreografia e a dramaturgia utilizam-se dos  corpos dos intérpretes e dos objetos cênicos para orquestrarem e ressoarem  toda a poética lautreamontiana.  A criação do espetáculo foi instigada e alimentada pelo tradutor das obras do Conde de Lautréamont, o poeta e ensaísta Claudio Willer: esse foi um encontro de inteligências malditas abençoando todo o processo investigativo. Esse  procedimento, como foi o caso da parceria com a dramaturga Marici Salomão para a criação do espetáculo O Barulho Indiscreto da Chuva, dá continuidade à investigação cênica, avançando na  interação do corpo com o espaço total – com o que fica abaixo da pele e com o que se estende além dela.

João Andreazzi

Em cena, dirigidos por João Andreazzi, seis intérpretes divididos em solos, duos, trios, e quartetos que unem elementos da dança contemporânea com outras artes, como a música eletrônica, teatro e vídeo-arte, intensificando e ampliando as possibilidades do corpo na cena. Complementa o trabalho a parceria com o tradutor da obra Claudio Willer, possibilitando um maior entendimento e desenvolvimento da dramaturgia no corpo, do corpo e para o corpo.

No lugar de uma impossível transposição literal das narrativas de Lautréamont, Hotel Lautréamont - Os Bruscos Buracos do Silêncio é uma montagem de fragmentos, detalhes sugestivos, impressões provocadas por passagens do texto por sua gama de sugestões visuais e sonoras e, especialmente, corporais.

A obra pode ser lida como apresentação do mundo onde tudo pode ser outra coisa: uma epopéia da metamorfose, especialmente da transformação dos corpos. Daí seu bestiário, que tanto impressionou aos surrealistas: o homem-peixe, o piolho gigante, os adolescentes-tarântulas, dragões, a bruxa transformada em bola de esterco, o escaravelho gigante, o homem com cabeça de pelicano, o arcanjo-caranguejo, o Deus-rinoceronte. Essas transformações simbolizam a liberdade absoluta, através da capacidade de ultrapassar as barreiras do corpo físico. Por isso, é mutante também o protagonista, o próprio Maldoror, ora jovem, ora de cabelos brancos, transformado em águia para combater a esperança, polvo para lutar com Deus, porco em seu sonho da felicidade perfeita, coisa informe, misturada à natureza, objeto de identidade indefinida.

Os integrantes da Cia. Corpos Nômades vão se metamorfoseando diante do público, criando, por sua vez, novos corpos, ou os mesmos corpos, mas sempre multiplicando suas possibilidades expressivas.

Hotel Lautréamont - Os Bruscos Buracos do Silêncio é uma criação que se processa através de ressonâncias, de sensibilidade para sensibilidade, passando dos trechos e conteúdos da obra de Lautréamont - especialmente a experiência de sentir-se um estranho no mundo, um hóspede neste nosso insólito "hotel" terreno - para os espaços cênicos, e destes para o espectador, assim convidando-o à recriação, à cumplicidade e participação. É um convite ao público, para que este mobilize sua imaginação, e se torne co-autor dessa obra em processo, em permanente movimento - simbolizado pela imagem da ratoeira perpétua - que o autor de Os Cantos de Maldoror pôs em marcha.

Claudio Willer

O LUGAR - CIA. CORPOS NÔMADES

RUA AUGUSTA, 325

SÃO PAULO - SP

INGRESSOS R$15,00 inteira e R$7,50 meia entrada

convênio com estacionamento na Rua Augusta, 108- Ueda Park


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