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Amanda Jansson Breitsameter
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A PORTO ALEGRE CIA DE DANÇA está com inscrições abertas para o workshop EM BUSCA DE NOSSOS QUINTANARES, que funcionará como processo de seleção para bailarinos e atores com experiência em dança que participarão do espetáculo AS ÚNICAS COISAS ETERNAS SÃO AS NUVENS, coreografado pelo multiartista especializado em Butoh, João de Souza.
Os interessados devem enviar, até o dia 31 de agosto, para o e-mail portoalegreciadedanca@gmail.
Mais informações
SERVIÇO:
WORKSHOP - EM BUSCA DE NOSSOS QUINTANARES - GRATUITO
Público alvo: bailarinos e atores com experiência em dança
Carga horária: 21h/aula
Quando: de 13/set à 19/set
Horário: das 14h às 17h
Onde: Cia de Artes - Andradas 1780, 4° andar
Número de vagas: 30
PORTO ALEGRE CIA DE DANÇA lança novo espetáculo e workshop para escolher o elenco
Companhia estreia nova peça As Únicas Coisas Eternas São As Nuvens em outubro
As Únicas Coisas Eternas São As Nuvens é um poema de Mario Quintana de nome Epígrafe. É também o novo projeto da PORTO ALEGRE CIA DE DANÇA. Fruto de intercâmbios - desta vez, com a cultura japonesa, já que a coreografia explorará a dança Butoh, em uma parceria com o Ogawa Butoh Center e apoio instituicional do Consulado do Japão em Porto Alegre. E ainda com a Europa, agora com a pátria mãe Portugal, através da Direcção Geral das Artes (DGArtes), do Ministério da Cultura de Portugal.
O novo espetáculo da PORTO ALEGRE CIA DE DANÇA será criado pelo coreógrafo convidado João de Souza, João Butoh, aliando um dos grandes estilos da dança japonesa com três tópicos importantes da obra de Mario Quintana: contemporaneidade, emoção e cotidiano. O ciclo da água, mudanças que acontecem conforme a coloração das nuvens. Eterno momento presente.
Para escolher o elenco, a Companhia promove o workshop gratuito Em Busca de Nossos Quintanares, que acontece de 13 a 19 de setembro, com total de 21 horas/aula. Através dele, João Butoh vai selecionar quatro bailarinos que irão compor o grupo de As Únicas Coisas Eternas São As Nuvens. Para se inscrever, os interessados devem mandar para o e-mail portoalegreciadedanca@gmail.com um currículo resumido e um texto de dois parágrafos respondendo: - "De onde vem minha dança?" até 31 de agosto.
Intercâmbio com Portugal
A bailarina portuguesa Luísa Saraiva marca o outro ponto de intercâmbio promovido pela Companhia, desta vez com Portugal. Ela chegou a Porto Alegre no início de agosto para integrar o elenco da Cia em seu mais novo projeto de Butoh.
Sua vinda foi possível graças a um programa do Ministério da Cultura do seu país - o INOV-Art, do DGArtes (Direcção-Geral das Artes) - que faz parte de um conjunto de programas de profissionalização da juventude portuguesa direcionado a artistas.
O Butoh
A dança Butoh nasceu no Japão ainda nos anos 60. Logo que surgiu, era chamada de Ankoku Butoh, Dança das Trevas. Hoje, simplesmente Butoh. O estilo foi criado por Kazuo Ohno (falecido em junho deste ano) e Tatsumi Hijikata, como um movimento cultural para impedir a invasão da cultura ocidental no pós-guerra.
Os bailarinos buscam no inconsciente comum a todo homem - oriental ou não - a beleza e a decrepitude a simplicidade e a complexidade, o cômico e o trágico. Essas dualidades, como o masculino e o feminino, a vida e a morte, são características desta dança, que retomou, antes de tudo a idéia quase esquecida de que o dançarino não dança para si, mas para reviver algo muito maior.
A mobilidade ou imobilidade das extremidades corporais, os movimentos dos braços, das pernas, do tronco, do pescoço, da cabeça, levam o performático a mergulhar na viagem corporal que conduz à poesia. Os dançarinos do Butoh quase não usam vestimentas, pois, para eles, a roupa veste o corpo e o corpo veste a alma. E é através da alma, das emoções, da vivência de cada um é que são criadas as sequências gestualísticas que formam o Butoh.A maquiagem melancólica, o branco sobre todo o corpo, fazem com que os músculos sejam realçados, e suas formas expressivas são delineadas em movimentos essenciais, valorizando-se pela ausência de pêlos.
O Butoh recupera a vitalidade e a força do corpo, de um corpo domesticado pelas atividades cotidianas e esmagado pelas regras estabelecidas. O desenho de cada gesto é simbólico. Ele estimula ideias, associações e emoções tramando uma visibilidade: As intensidades, os afetos que atravessam os corpos, a música, os movimentos, são expressos através dos gestos. O corpo é o veículo de expressão dos elementos vitais: terra, água, fogo e ar.
As Visitas Poéticas
O elenco do novo espetáculo fará oito Visitas Poéticas durante a montagem do espetáculo - performances abertas à comunidade e gratuitas. Com cerca de 20 minutos de duração, as pequenas obras serão apresentadas em espaços alternativos e abertos a comunidade.
O espetáculo "As Únicas Coisas Eternas São As Nuvens"
As Únicas Coisas Eternas São As Nuvens, criado pelo coreógrafo João Butoh, alia o estilo da dança japonesa com a poesia de um dos grandes nomes do Rio Grande do Sul: Mario Quintana.
Com movimentos e passos, João busca traduzir a obra de Quintana através de uma dança que prioriza o sentimento e a intensidade das emoções, num trabalho com o poder sintético das imagens, metáforas, sinestesias, associações insólitas e outros tantos recursos da poesia de uma das mais extraordinárias figuras no campo da expressão literária nacional.
Quem é João Butoh?
João Butoh é ator, bailarino, coreógrafo, figurinista, cenógrafo, diretor, professor, maitre de Butoh e jornalista. Bacharel em Jornalismo pela UNAERP, Licenciado em História pela UNESP e Licenciado em Educação Física pela UNESP.
Desde 1972, trilha sua forma de expressão na linha do teatro de dança. Tem formação eclética, visando seu aprimoramento artístico, procura atingir outras áreas das artes. Teve como professores nomes expressivos nacionais e internacionais. Desenvolve trabalho de pesquisa fundamentado no Butoh, iniciado em 1983 (dança pós-moderna japonesa criada na década de 60, por Kazuo Ohno e Tatsumi Hijikata).
Considerado o maior expoente da dança butoh latino americana e um dos grandes nomes do Butoh mundial, já recebeu dezenas de prêmios como coreógrafo, figurinista, cenógrafo, diretor e bailarino e realiza anualmente inúmeras turnês pelo país e exterior.
Membro do International Dance Council - CID da Unesco, foi jurado e ministrou workshops em vários festivais de teatro e dança no Brasil e exterior, é Jornalista profissional colaborador do Jornal Dança Brasil desde 1991, dirige o Delirivm Teatro de Dança e a Ogawa Butoh Center - a Cia de Butoh há 25 anos e a Instituição, onde realiza anualmente o Butoh Inside Movement Series e ensina a técnica Aiar Butoh.
Parceria: Ogawa Butoh Center
Apoio institucional: Consulado do Japão em Porto Alegre
Mais informações e entrevistas:
Assessoria de Imprensa
PORTO ALEGRE CIA DE DANÇA
Amanda Jansson (51) 9677.1548
