sexta-feira, 27 de abril de 2012

Florianópolis-SC: LIVRO SOBRE A HISTÓRIA DO BAILA FLORIPA SERÁ LANÇADO NESTE SÁBADO


Marcos Reichardt Cardoso
escreveu


O livro “Baila Floripa – No Cenário da Dança de Salão Brasileira”, de Alexandre Melo, será lançado neste sábado (28/04), às 20h00, no piso G2 do Majestic Palace Hotel, antecedendo o baile de abertura da XI Mostra de Dança de Salão de Florianópolis – Baila Floripa 2012. A edição independente traz parte da história do evento criado em 2002 com o intuito de oferecer espaço para os artistas locais apresentarem seus trabalhos e que, agora, recebe dançarinos de todo o País e exterior. “A ideia surgiu em 2009, mas, com o aparecimento de cada vez mais informações, a pesquisa se alongou e concluí em novembro de 2011”, diz o autor.
     Formado em educação física e professor de dança de salão desde 1990, Alexandre é um dos 23 fundadores da Associação Catarinense de Dança de Salão (Acads), entidade instituída em 2000 e da qual foi o primeiro presidente, permanecendo por três gestões consecutivas, de 2002 até 2006. “Havia necessidade de ampliar a divulgação da dança de salão em Santa Catarina. Com o Baila Floripa, que veio logo depois, atingimos o grande público. Estima-se que, na época, havia cerca de seis escolas na Grande Florianópolis. Hoje, são 12 ou 15”.
     A investigação sobre os bastidores, desenvolvimento e projeção que a mostra alcançou envolveu depoimentos, informações veiculadas pela imprensa e documentos da Acads. Mas iniciou pela própria memória, o que fez vir à tona e ao papel fatos curiosos, como o episódio do mexicano que vive em Los Angeles Luis Vasquez, convidado para dar aulas de salsa em 2004. Pautado para uma entrevista ao vivo a uma emissora local de TV, precisou ser levado para o chuveiro, pois não conseguia acordar. “Tranquei o banheiro e o coloquei debaixo da água fria. E a entrevista depois foi excelente”, diverte-se Alexandre.
     No mesmo ano, Jomar Mesquita, de Belo Horizonte, minutos antes de entrar em cena como convidado, machucou-se na passagem da coreografia. Vaivém entre hospital e teatro, dançou um bolero com um dos braços apoiado na tipoia devido a uma luxação na clavícula. Era a primeira vez que um incidente deste lhe acontecia à beira do espetáculo. Sua parceira era Juliana Macedo, com quem se casou posteriormente, e o palco dividido com seu pai, João Baptista Mesquita, já falecido, que dançou em perfeita sincronia com outra integrante da Mimulus Cia. de Dança. Foi um momento histórico para o mineiro e para o Baila Floripa.
Do erudito ao popular
     As fontes da pesquisa também tiveram origem acadêmica. Para nortear a tarefa, o autor partiu da leitura de dois artigos: um dele próprio, sobre a democratização da dança, escrito no curso de pós-graduação em ciências políticas e gestão, e outro assinado pelo também educador físico e professor Ricardo Vasques, seu colega em Florianópolis, que apresentou o texto na pós-graduação em dança de salão pela Faculdade Metropolitana de Curitiba (Famec), a única no Brasil que oferece este o curso. Com base nisso, ele explica todo o processo para operacionalizar o Baila Floripa e a sua pretensão social.
     É ainda no ambiente universitário que Alexandre encontra o primeiro registro sobre o ensino deste gênero de dança com técnica profissional em Florianópolis. Por meio do Departamento Artístico Cultural, em 1988, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) trouxe do Rio de Janeiro o professor Silmar Sidnei da Silva, o conhecido Silmar Pé-de-Vento, para um curso de dez dias. “Naquele tempo, era praticamente inimaginável alguém vir de tão longe para dar aula aqui”, conta o pesquisador. Os primeiros inscritos foram um casal de professores da própria instituição, Miriam e Afonso Alles. Ela comentara sobre o autodidatismo da época: “dança de salão não se ensina, se aprende”.
     No ano seguinte, este mesmo casal convida para se estabelecer na cidade o professor carioca Silvio Luna, que inaugurou aqui a gafieira Vai Quem Quer, no antigo Clube Penhasco. O evento era itinerante até se fixar no extinto Clube Quinze de Outubro, na Rua Conselheiro Mafra. Já no início da década de 1990, o local se transformou na primeira lambateria da Capital. O ritmo caribenho da lambada era febre nos grandes centros e havia se espalhado com força pelo Brasil, intensificado pela trilha de abertura da novela “Rainha da Sucata”, da Rede Globo. Foi Luna quem persuadiu para vir a Florianópolis o conterrâneo Edson Nunes, que formou uma grande geração de dançarinos em cerca de 17 anos. Hoje, muitos de seus ex-alunos também são professores e apresentam trabalhos no Baila Floripa.
     Sobre o ingresso de Santa Catarina no ensino qualificado e profissional da dança de salão, há quase 25 anos, Alexandre considera que “entramos pela porta da frente. Tínhamos juntos o meio científico da Universidade, o apoio da imprensa, o interesse da alta sociedade e um ritmo explodindo na mídia”. Este conjunto de fatores levou muitos universitários às escolas de dança, bem como as pessoas que a praticavam nos bailes de outrora, nas décadas de 1940, 50 e 60. O que se constata hoje é uma inversão: grande parte dos alunos são jovens, até mesmo adolescentes, muitos com desejo de se profissionalizar nesta arte.
Dados técnicos
     “Baila Floripa – No Cenário da Dança de Salão Brasileira” é uma edição independente, com 162 páginas de conteúdo, no formato 16,5cm x 23cm, papel 90g, impresso na gráfica Copiart, em Tubarão. Com capa dura e lombada quadrada, a primeira tiragem tem mil exemplares. A publicação traz dezenas de fotografias e reproduções coloridas e em preto e branco de documentos e jornais do Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. A capa é uma montagem sobre a fotografia feita pelo autor da Livraria Ateneo, de Buenos Aires, com projeto gráfico de Álvaro Pacheco de Souza. Na contracapa, sobre a silhueta de um casal de bailarinos estampa-se uma chuva de nomes de pessoas que fizeram parte da história do Baila Floripa. O exemplar será vendido na secretaria do evento, no Majestic Palace Hotel, de 28 de abril a 1° de maio, no valor promocional de R$ 25,00. Posteriormente, será comercializado em eventos de dança e livrarias de Santa Catarina e de outros estados.
Sobre o autor
     Alexandre Melo, 46 anos, é natural de Jaguaruna, no Litoral Sul do Estado, de onde saiu para estudar educação física na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na Capital. Formado em 1988, no ano seguinte iniciou os estudos na dança de salão com o professor Silvio Luna, carioca então radicado em Florianópolis, ocasião em que conheceu a mulher, hoje também professora, Rosita Gevaerd Lino. Em 1990, passou a dar aulas de diversos ritmos, ao mesmo tempo em que frequentava cursos de aperfeiçoamento. É palestrante sobre o tema e já participou de diversas bancas de seleção e avaliação de dançarinos de salão. Pós-graduado em ciências políticas e gestão pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é funcionário da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Presidiu a Associação Catarinense de Dança de Salão (Acads) entre 2002 e 2006 e coordenou as cinco primeiras edições do Baila Floripa.
Serviço
*O quê: lançamento do livro “Baila Floripa – No Cenário da Dança de Salão Brasileira”, de Alexandre Melo.
*Quando: 28 de abril, das 20h00 às 22h00.
*Onde: piso G2 do Majestic Palace Hotel. Avenida Jornalista Rubens de Arruda Ramos (Beira-Mar Norte), nº 2.746, Centro.
*Quanto: R$ 25,00.
*Observação: até às 22h00, somente para convidados. A partir deste horário, os exemplares estarão disponíveis na secretaria do evento, onde haverá os bailes de confraternização e osworkshops. De 29 de abril a 1° abril, a compra pode ser feita das 12h30 às 18h30 e depois das 22h00.

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Marcos Reichardt Cardoso
escreveu em 26-04-2012

ERRATA

Vários de vcs receberam na tarde de ontem um release sobre o lançamento do livro “Baila Floripa – No Cenário da Dança de Salão Brasileira”, de Alexandre Melo, que ocorrerá neste sábado (28/04), às 20h00, no piso G2 do Majestic Palace Hotel, antecedendo o baile de abertura da XI Mostra de Dança de Salão de Florianópolis – Baila Floripa 2012. 


No texto, cometi um erro. Mais que isso, uma gafe. O dançarino Jomar Mesquita, de Belo Horizonte, não se casou com a colega de palco Juliana Macedo, conforme eu citei. Continuam apenas parceiros na Mimulus Cia. de Dança. Portanto, reenvio o material já corrigido (anexo).

Peço desculpas pelo transtorno que possa ter causado em suas redações e pela demora no envio desta mensagem. Como é de conhecimento público, na tarde de ontem, operadoras de telefonia móvel e diversos provedores de internet de toda a região Sul do País ficaram sem fornecimento de sinal durante cerca de três horas, por causa do rompimento de um cabo de fibra ótica no Paraná. E, após fechamento e envio de material prioritário, somente agora pude informá-los.

Muitos não receberam o release ontem. Com a pane em todo o sistema, perdi o controle de saída, já que envio para seus endereços em cópia oculta.

Obrigado pela compreensão. Abç,


Marcos Reichardt Cardoso (SC 0461 JP)
jornalismo - assessoria de imprensa
Florianópolis - Santa Catarina - Brasil
(55 48) 9972-0991