segunda-feira, 7 de maio de 2012

Rio de Janeiro: Esther Williams não quer mais nadar


N e Y M o T T a
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Esther Williams não quer mais nadar



Trailer da peça:

Em um palco ocupado por 40 cadeiras, cada pessoa que compõe o público é acomoda com cuidado, atenção e afeto, pela intérprete Andrea Elias. A partir de então se cria, uma zona de relação, um lugar a partir do qual emerge uma atmosfera de atenção entre os presentes, de reconhecimento do outro, de cuidado e de potência de criação entre os indivíduos. Neste local se cria artificialmente um dentro e um fora, com cadeiras desorganizadas ocupando o centro deste espaço e outras mais periféricas. A partir da distribuição do público a performance transita da cotidianidade ao impulso dançado, que sutilmente constrói uma sequência coreográfica. Assim, o corpo de “Esther” (Andrea Elias) flutua entre o público como num espaço líquido e os impulsos da dança reverberam nos corpos deste mesmo público que passa a ser partner neste jogo coreográfico.

A frase que intitula este trabalho encerra um conflito muito próprio ao indivíduo contemporâneo: aquele que o coloca entre a potência de ser e a potência de não ser. Dizer que um ícone não quer mais executar a ação que o faz ser reconhecido como tal, pode representar um momento de incerteza, de indeterminação, o momento da passagem de uma determinada situação a outra que não se sabe qual é. Tocar este momento de indeterminação, que de algum modo nega uma situação instaurada, representa um momento de fragilidade de alguém que até ali sabia muito bem para onde estava indo e a partir dali não é mais, não quer mais, não deseja mais. Momento este que carece de cuidado, atenção e... afetos.

O espetáculo, que se constitui em um híbrido entre dança, teatro e performance, não pretende fazer um registro biográfico de Esther Williams, mas a partir de um recorte de sua história criar uma metáfora da sua figura para apresentar a experiência física de um corpo que por desejo ou por necessidade descobre outras potências de si na possibilidade do “não”.

SERVIÇO

Esther Williams não quer mais nadar
Criação e interpretação: Andrea Elias
Sinopse: Utilizando a metáfora da atriz nadadora Esther Williams, o espetáculo é um híbrido entre dança, teatro e performance.
Local: SESC Tijuca – Teatro II. Rua Barão de Mesquita 539, Tijuca
Estreia: 10 de maio às 19h
Temporada: 10 até 20 de maio, de 5ª a domingo às 19h
Ingressos: R$ 16 (inteira); R$ 4 (comerciários); R$ 8 (estudantes e maiores de 60 anos).
Capacidade de público: 40 pessoas
Classificação indicativa: Livre
Duração do espetáculo: 60 minutos

ATENDIMENTO À IMPRENSA

assessoria de imprensa Ney Motta