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Cruel
Uma das mais inventivas companhias de dança do Brasil, a Cia. Deborah Colker apresenta sei mais recente trabalho na capital gaúcha. Para esta nova montagem, intitulada Cruel, a coreógrafa volta a suas raízes teatrais explorando temas clássicos.
Cruel é uma série aberta de elementos narrativos que só se completa com o olhar do espectador. Corpos em movimento que exigem a decifração, um novo jogo entre o Acaso e a Necessidade. Histórias ordinárias, daquelas que se repetem invariavelmente na vida das pessoas, e que envolvem amores, amantes, família, laços que atam e desatam. Histórias quase sempre cruéis. É nos movimentos e na expressão dos 17 bailarinos da companhia que a Cia. lança as peças do jogo.
O espetáculo se desenvolve em quatro principais momentos, em dois atos. No primeiro deles, há a preparação para um baile, com gestuais, situações e objetos da experiência cotidiana. Assiste-se a uma espécie de apresentação dos protagonistas das muitas situações que entrarão em cena. Em seguida, à volta de um grande lustre redondo e rendado, que ocupa o centro do palco, e ao som de uma valsa de Vivaldi, de Nelson Gonçalves ou mesmo das palavras leves e roucas de Julie London, transcorre, em clima de reminiscências, o grande baile, com pas-de-deux, movimentos líricos e a lembrança viva dos romances nos grandes salões: a paixão, o arrebatamento, o encontro do par perfeito, da cara metade.
Aos poucos, pequenas transformações de climas e intensidades denunciam o curso do tempo. Toma lugar em cena uma grande mesa móvel. Em torno dela que se desenvolvem as relações familiares, os encontros e desencontros que marcam as mutações dos afetos. Com esse grande objeto em cena, Deborah Colker mantém evidente uma constante em seu trabalho: a relação primordial entre espaço – e a interferência no espaço - e movimento.
No segundo ato de Cruel, um jogo de grandes espelhos que se movimentam empresta um tom surrealista ao espetáculo. Fragmentos dos corpos atravessam as estruturas, pessoas se entremeiam e se confundem. Nesse cenário de reflexos e luzes, cada um está mais só e experimentando o acúmulo de suas histórias pessoais. A nova aposta da coreógrafa reside no encontro entre o violento e o amoroso, o cruel e o sensível. Esse é também o encontro entre o lúdico e o trágico, o romance e a dor. O encontro entre pessoas.
Assistência de Direção
Gilberto Gawronsky
Bailarino
Aline Machado, Ana Paula Marques, Camila Ribeiro, Camila Ribeiro, Carolina Amares, Carolina Dworschak, Cristiano Joaquim, Danielle Rodrigues, Isaac Araújo, Jaime Bernardes, José Antonio Ramos, Larissa Romanowski, Rafael Gomes, Renata Versiani, Rico Ozon e Rodrigo Werneck
Cenografia
Deborah Colker
Companhia
Cia. Deborah Colker
Coreografia
Deborah Colker
Direção
Deborah Colker
Direção Artística
Deborah Colker
Direção Musical
Berna Ceppas
Figurinos
Samuel Cirnansck
Fotografia
Flavio Colker
Iluminação
Jorginho de Carvalho
Teatro do SESI
Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS)
Avenida Assis Brasil, 8787
Sarandi - Porto Alegre
Telefone(s):
0800-518555
(51) 3347-8636
Horário(s):
De 08/05 a 09/05/2009
Sexta e sábado, às 21h
Preço(s):
R$ 70 (plateia baixa), R$ 60 (plateia alta), R$ 30 (mezanino)
Onde comprar:
hagah ingressos Telentrega 3231.4142, de segunda à sexta, das 9h às 12h e das 14h às 19h. Claro (Praia de Belas), de segunda a sábado, das 12h às 20h, com vendas a partir de 30 de abril
Facilidade(s):
Convênio:
Clube do Assinante ZH (10% de desconto para titular do cartão)
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