quarta-feira, 2 de setembro de 2009

São Paulo: La Valse, Dicotomia, Umbral


Centro Cultural de São Paulo 
publicou   

de 2 a 6/9 
Balé da Cidade de São Paulo 
direção: Mônica Mion - coreógrafos: Luis Arrieta e Luiz Fernando Bongiovanni
Dança contemporânea. Nesta nova temporada, o Balé da Cidade de São Paulo apresenta seu repertório num programa composto pelas coreografias Umbral La Valse – remontagem para quatro casais –, ambas de Luis Arrieta, e Dicotomia , de Luiz Fernando Bongiovanni, que discute o conceito de dicotomia na busca de novas possibilidades. (90min, livre) - Quarta a sábado, às 21h; domingo, às 20h - Sala Jardel Filho (300 lugares) – Entrada franca (a bilheteria será aberta com duas horas de antecedência)

La Valse


Remontagem para o Balé da Cidade de São Paulo em 2008 (para quatro casais)

Em 1992, no Teatro Sérgio Cardoso de São Paulo, no espetáculo 1, 2, 3de Luis Arrieta, estreava La Valse, duo especialmente criado para Mônica Kodato e Irineu Marcovechio, então bailarinos do Balé da Cidade de São Paulo. Nesse mesmo ano, a convite da direção do Balé da Cidade, La Valse passou a fazer parte do repertório.

Desde então a obra tem sido apresentada no Brasil e no exterior com grande sucesso e mostrando a alta qualidade técnica e interpretativa de seus solistas.

Ficha técnica

elenco

dias 2, 5 e 6/9: Cléber Fantinatti, Fabiana Nunes, Jaruam Miguez, Jefferson Damasceno, Laura Ávila, Marisa Bucoff, Paula Zonzini e Willy Helm

dias 3 e 4/9: Adilson Junior,Fabiana Fornes, Fabiana Nunes, Jaruam Miguel, Jefferson Damasceno, Marisa Bucoff, Roberta Botta, Willy Helm

coreografia
Luis Arrieta
remontagem
Lumena Macedo
assistentes de coreografia
Lumena Macedo e Luiz Fernando Bongiovanni
música
Maurice Ravel (1875-1937), La Valse, 1920
Marta Argerich e Nelson Freire, pianos
Gravação Philips Digital Classics, 411.034-2
concepção de luz
Luis Arrieta
figurino original
Renata Schussheim


Dicotomia



texto abaixo de Luiz Fernando Bongiovanni

As idéias centrais para a construção deste balé surgiram durante meu terceiro ano na graduação em filosofia na Universidade de São Paulo. Quando me familiarizei com o trabalho de Aristóteles percebi o quanto o modo como eu desenvolvo meu trabalho se relaciona, de alguma forma, com certos aspectos da filosofia aristotélica.

O que selecionei para trabalhar com dança, da filosofia de Aristóteles, é, em primeiro lugar, a questão da dicotomia: uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo. Em segundo lugar, a noção de que aquilo que é simples antecede aquilo que é composto.

Na minha trajetória como coreógrafo utilizo o conceito de dicotomia para encontrar novas possibilidades. A partir de uma série de dicotomias que enumerei: vertical e horizontal, perto e longe, rápido e lento, centro e periferia, curvo e reto, frente e trás, direito e esquerdo, em cima e embaixo, uno e múltiplo, solo e grupo, singular e plural, simples e complexo, etc., construímos um balé.

Ficha técnica

elenco
dias 2, 5, 6/9: Alex Soares, Anderson Ribeiro, Carolina Franco, Cléber Fantinatti, Fabiana Fornes, Fabiana Nunes, Fernanda Bueno, Jaruam Miguez, Marisa Bucoff, Paula Zonzini, Roberta Botta, Tutto Gomes, Willy Helm, Yasser Diaz.
dias 3 e 4/9: Alex Soares, Anderson Ribeiro, Cléber Fantinatti, Erika Ishimaru, Fabiana Nunes, Fernanda Bueno, Jefferson Damasceno, Liliane De Grammont, Luciane Fontanella, Marisa Bucoff, Roberta Botta, Tutto Gomes, Willy Helm, Yasser Diaz.

coreografia e concepção geral de cenários, figurinos, iluminação e sonoridade 
Luiz Fernando Bongiovanni

assistentes de coreografia 
Lumena Macedo e Suzana Mafra

cenógrafo 
Marcos Carvalheiro

figurinos 
Madalena Machado

música original 
Mano Bap

desenho de luz 
Sueli Matsuzaki 

Umbral

Homenagem do Balé da Cidade de São Paulo e de Luis Arrieta aos 100 anos do nascimento do compositor Olivier Messiaen.

texto abaixo de Luis Arrieta

Encontra-se no Dicionário Aurélio a definição de umbral: limiar, entrada; passo primeiro e principal ou entrada de qualquer coisa.
Já no Dicionário de Símbolos, de Juan-Eduardo Cirlot, depara-se, naturalmente, com um enfoque diferente: símbolo de transição, de transcendência; no simbolismo arquitetônico o umbral recebe sempre tratamento especial, através da multiplicação e do enriquecimento de suas estruturas.... ou pela ornamentação simbólica que alcança no Ocidente sua máxima virtualidade na catedral cristã.... 
O umbral adquire aqui, claramente, seu caráter de união e separação dos dois mundos: profano e sagrado.

O umbral que comunica e permite a passagem, nunca é falto de esforços. Solicita-nos despirmos de pesos passados e convida-nos a descobrir novos equilíbrios. Foi em condições difíceis e austeras que, em 1941, numa prisão na França, nascia o Quarteto para o fim dos tempos, trazendo um dos mais inspirados e sublimes convites à transcendência. Desse quarteto, o último movimento, Louvor à Imortalidade de Jesus, muito além de dogmas religiosos, oferece-nos um umbral a um novo espaço.

Ficha técnica

elenco
dias 2, 5 e 6/9: Erika Ishimaru, Gleidson Vigne, Yasser Diaz
dias 3, 4/9: Carolina Franco, Alex Soares, Wagner Varella

coreografia e figurinos
Luis Arrieta

assistência de coreografia 
Lumena Macedo e Milton Kennedy (especialmente convidado pelo coreógrafo)

música 
Olivier Messiaen (1908-1992) - Louvação à Imortalidade de Jesus (Louange à L'Immortalité de Jésus); oitavo movimento do Quarteto para o fim dos tempos (Quatuor pour la fin du temps), 1941 
Trio Fontenay: Wolf Harden (piano), Michael Mücke (violino) e Niklas Schmidt (violoncelo) - Gravação Teldec, com colaboração do WDR Studio Köln (setembro de 1991) - Introdução: Beto Bertolini, Paisagens Sonoras do Planeta "Floresta Atlântica", (faixas 13 e 30) - Nature Net Recordings (1996) Mixagem Sergio Paes

concepção e desenho de luz 
Wagner Freire


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