PRIMEIRA ESCOLA DE DANÇA DAS COMUNIDADES POPULARES É INAUGURADA
O sonho da Sede se tornou realidade. No dia do cinqüentenário da morte do compositor Villa-Lobos, dia 17 de novembro, o Dançando para não dançar inaugura a sede que abrigará a primeira Escola de Dança das Comunidades Populares do Rio de Janeiro, às 18 horas, na Rua Frei Caneca, 139, no Centro. Às 19 horas, alunos do projeto fazem um tributo a Villa Lobos no Teatro Liceu de Artes e Ofício, próximo à nova Sede. O espetáculo é aberto ao público e cerca de 300 bailarinos (as), se revezarão no palco dançando trechos de repertórios clássicos do espetáculo "Amazônia – Floresta do Brasil", uma homenagem Heitor Villa-Lobos, "Corsário" e "Coppélia" (Léo Delibes).
Com mais um apoio da Petrobras, patrocinadora do Dançando para não dançar desde 1997, através da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, o imóvel cedido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, em dezembro de 2007, foi restaurado. As obras emergenciais foram executadas pelo próprio Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj). Ao todo foram dois anos de luta.
O projeto arquitetônico incluiu restauração da fachada e a recuperação e adaptação com salas de aula (dança), vestuário, local para ensaio, sala de atendimento (psicóloga/assistente social e consultório médico). O escultor contratado pela Souza Camargo – arquitetura e construtora tirou fotos dos adereços existentes na fachada e reproduziu os mesmos em desenho. Executou a escultura em isopor e depois em gesso para fazer o molde em borracha e assim fundir os adereços nas quantidades necessárias.
"A construtora Souza Camargo, empresa executora da obra, mostrou-se uma grande parceira pelo cuidado e pela idoneidade no trato com a obra", aponta Thereza Aguilar, bailarina e coordenadora do Dançando para não dançar.
O prédio é de 1914. No local, nessa época, funcionou o Gabinete de Análise do Leite, órgão público da Administração Federal. Trata-se de um edifício construído em estrutura de concreto e alvenaria com cinco pavimentos e arquitetura eclética, muito comum no início do século XX, na cidade. A área é de 380 m2, aproximadamente. O imóvel está inserido em Área de Proteção do Ambiente Cultural (Apac) da Cruz Vermelha, no Centro - II R.A., conforme Decreto nº 11.883, de 30 de dezembro de 1992, da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Por pouco, essa histórica edificação foi demolida por representar um perigo ao patrimônio histórico da cidade, já que a estrutura física estava comprometida. "Ficamos felizes ao recuperar o prédio e poder preservar esse patrimônio para a cidade", revela Aguilar.
Homenagem - No "Amazônia - Floresta do Brasil" cerca de 300 jovens e crianças do Dançando... se revezarão no palco para celebrar o grande mestre e compositor brasileiro Villa-Lobos. E não é por menos, a criança brasileira esteve sempre presente na expressão musical de Villa-Lobos, desde a sua juventude. Villa Lobos musicou diversas cantigas populares que atravessaram séculos e fronteiras para fazer parte da infância de inúmeras gerações. É com esse espírito que o "Dançando..." vai resgatar as cirandas do compositor num espetáculo lúdico, que alegrará as alminhas e os corações das crianças cariocas e de seus pais que serão remetidos à infância.
O espetáculo contará com a participação especial do bailarino Carlos Cabral, solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Os bailarinos e professores Thereza Aguilar e Paulo Rodrigues - primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro- assinam, respectivamente, a direção-geral e a direção artística do espetáculo, bem como as coreografias. O cenário é de Liane Espírito Santo. A direção musical é do maestro Leandro Braga.
"A música do balé Amazônia: Floresta do Brasil não é uma trilha, mas sim o fio condutor de toda a história. Honra-me ver um trabalho excepcionalmente nobre, como o do projeto Dançando, realizando uma obra baseada em composições ou arranjos meus. São 16 músicas, algumas de Villa Lobos, outras minhas e, ainda, outras de domínio público", ressalta Leandro Braga.
As homenagens do Dançando ao compositor começaram em dezembro do ano passado, quando estreou este balé. Segundo a bailarina, duas grandes causas motivaram a sua criação. A primeira foi homenagear o compositor ao resgatar suas cirandas. A segunda é o compromisso do "Dançando..." de trabalhar a formação da consciência cidadã e despertar em cada um dos 480 aprendizes de bailarinos do projeto, a co-responsabilidade de preservar o maior patrimônio ambiental que é a Floresta Amazônica.
O Dançando para não Dançar conta com o patrocínio da Petrobras, desde 1997, e com as parcerias do Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet; do Governo do Estado do Rio de Janeiro, da Faperj; da VideoFilmes e da Lufthansa. Ainda, com os apoios das Associações de Moradores das comunidades beneficiadas, da Vila Olímpica da Mangueira e dos Cieps Airton Sena, Salvador Allender e João Goulart. Do Teatro Leblon, Teatro das Artes, da Univercidade, do curso de inglês Brasas, do curso de alemão Baukurs e do Instituto Master de Cultura. Além de convênios mantidos com a Staatliche Ballettschule Berlin e Balé Nacional de Cuba.
Mais informações no site www.dancandoparanãodancar,org.br.
Serviço: Inauguração da Sede
Dia: 17 de novembro - Horário: às 18h
Local: Rua Frei Caneca , 139, no Centro
Apresentação – Amazônia – Floresta do Brasil: um tributo a Villa Lobos - balé do Dançando para não dançar - em comemoração a inauguração da sede do projeto e em homenagem ao centenário de morte do compositor Villa Lobos.
Dia: 17 de novembro – terça-feira - Horário: às 19h - Duração: 1 hora
Local: Teatro Liceu de Artes e Ofícios – Rua Frederico Silva nº86 - Centro
Ingressos: Grátis
Capacidade: 500 lugares
Censura - livre
Imprensa: Tânia Aguilar (21) 7876-5384 ou 10*1637 (rádio) ou (61) 9297- 9749 – taniaimprensa@gmail.com e Fernanda Santos - (21) 9103-4010 – santos.fernanda@uol.com.br